segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Vale ver e rever este trabalho e conhecer o universo criativo de Pina Bausch  - Teatro Noturno - UFU fev2013 - Livia Chumbinho


“Um dia, quando eu terminava O Pássaro de Fogo em São Petersburgo, tive uma visão fugidia num momento em que minha mente, surpreendentemente, estava ocupada com várias outras coisas. Imaginei um solene rito pagão: sábios anciãos, sentados em círculo, assistindo uma garota que dança até morrer. Eles a estão sacrificando para apaziguar o deus da primavera. Este é o tema de A Sagração da Primavera.”
Igor Stravisnk
 
"A sagração da Primavera"
É um marco no modernismo tanto na música quanto na dança e na dança-teatro na arte universal.
 
 
 
Essa abordagem da condição feminina também é uma característica da coreografia de Pina Bausch. Criada em 1975, quando Pina iniciava sua trajetória à frente da Tanztheater Wuppertal, ela também se afastava dos rituais da Rússia antiga. No lugar da representação do rito na natureza, concentrou-se no terror do homem diante da morte. "Pina aborda esta fábula do ritual para trabalhar as relações humanas, tema investigado em toda a sua trajetória", diz Cássia Navas, pesquisadora de dança da Universidade de Campinas (Unicamp) e consultora do Teatro de Dança. Em cena, os movimentos são violentos, evocando a força da chegada da primavera. A criação explora os sentimentos que a partitura da Sagração provocaram em Stravinsky, "uma convulsão imensa, como se toda a terra fosse sacudida em determinado momento".

A batalha entre vida e morte concebida por Pina Bausch acontece sobre um palco coberto de lama, representando uma arena arcaica. Aos poucos, a lama se aloja nos pés descalços, nas calças pretas e nos peitos nus dos bailarinos, nas camisolas transparentes, cor da pele, das mulheres. Em cena, um casal se destaca dos demais - fisicamente e pela diferenciação do figurino: a mulher veste camisola vermelha. Após uma dança frenética do coro, em movimentos que trabalham braços e pernas semiflexionados e buscam a terra ao mesmo tempo em que expressam grande tormenta, o casal em destaque se divide. O homem junta-se aos demais, deixando sua companheira solitária, entorpecida pelo medo.

"A Sagração da Primavera foi um divisor de águas não só para a dança, mas para a história da arte", diz a pesquisadora Cássia Navas. Para Luis Arrieta, coreógrafo e bailarino argentino radicado no Brasil que encenou sua própria versão da obra em 1985, a música de Stravinsky é "dotada de força e essencialidade incomuns". Segundo ambos, de Nijinsky a Pina Bausch, a ênfase na sexualidade sempre foi uma constante, com movimentos pélvicos, violentos e curvados, dotados de extrema intensidade. "Cada coreógrafo abordou a força primordial da vida na sua criação, situando-a na sua cultura, na sua história, no seu tempo. E todos endossaram os gestos primeiros de Nijinsky", diz Arrieta.

Maurice Béjart, Martha Graham e Pina Bausch foram, cada um a seu modo, inovadores na arte da dança. A alemã chegou a promover uma verdadeira revolução na linguagem ao aproximá-la da arte teatral. Nos primeiros anos de sua carreira, muitos bailarinos se recusaram a trabalhar com ela, e, em suas primeiras peças, pessoas saíam do teatro batendo as portas. Aos poucos, no entanto, a arte inovadora desses três criadores foi entendida e absorvida ao longo de um século - o 20 - em que a vanguarda se tornou o mainstream. No dia 29 de maio de 1913, a vaia mostrou que Stravinsky e Nijinsky estavam no caminho certo - o da contestação. Estabelecido o mito inaugural da vanguarda, vários artistas certamente sonharam com uma vaia assim. Já há algum tempo, no entanto, ela não é mais possível - e o fato de Martha Graham, Maurice Béjart e Pina Bausch nunca terem sido apupados por suas Sagrações é uma prova disso.

Gabriela Mellão é jornalista.

Aula Consciência Corporal trabalho de Lívia Chumbinho Profa Renata Meira Artes Cênicas UFU fev2013

Aula

 

Consciência Corporal

1.     Círculo

 

Imagem do espetáculo Sagração da Primavera, por Pina Bausch

O círculo é uma prática constante nas atividades, encenações, montagens, jogos e diálogos das aulas e encontros de gente de teatro e da dança. Onde dialogamos, trabalhamos e criamos com prazer e lucidez.

O círculo estava habitando como um corpo, pulsando na nossa busca coletiva por conhecimento: físico, corporal, espacial. A professora Renata Meira. Fez reflexões a respeito da diferença entre alongamento e aquecimento. Ensinando a importância de alongarmos antes e depois do aquecimento nas práticas que buscam uma reeducação corporal, ampliando as possibilidades de movimento, ação, gesto e criatividade.

1.     Acordar-espreguiçar
 

Foto: Martha Graham em 1940; ela foi uma dançarina e coreógrafa estadunidense que revolucionou a história da Dança Moderna.
 
A professora Renata Meira pediu para sairmos do círculo, buscar um lugar no espaço, deitarmos no chão e soltarmos todo o peso do corpo no chão, e lentamente, junto com o ritmo da respiração, começar a espreguiçar com movimentos contínuos, explorando os planos e o deslocamento do corpo no espaço. O impulso criativo intuitivo surgia dentro das imagens desordenadas que apareciam se metamorfoseando nas poéticas dos movimentos contínuos deste modo de acordar-espreguiçar a nossa consciência corporal. A professora pediu para finalizarmos o movimento com calma e no ritmo natural de cada praticante. E solicitou para ficarmos em pé.
 
1.     Tronco
 
             Quadro “gavetas”, por Salvador Dali
 
 
Estávamos com o corpo acordado, oxigenado, desintoxicado, aquecido. A professora Renata Meira nos pediu para colocarmos as mãos na omoplata e destacou: busquem uma movimentação partindo do centro do corpo. Incorporando diferentes formas de caminhada com ênfase na respiração e no deslocamento deste corpo no espaço, deixando os sons que emergiam do corpo fluírem livremente. Sons e imagens que foram se transformando na medida que experimentávamos os planos e o ritmo dentro dessa nova forma de experimentar o movimento do corpo. Após um longo percurso nessa prática, a professora Renata Meira solicitou para lentamente irmos soltando as mãos da omoplata, onde podemos encontrar novas formas e sentidos para os movimentos das mãos e dos braços e do corpo como um todo no espaço. Essa prática ampliou nossa capacidade de concentração, imaginação e criatividade até praticamente a exaustão.
Abaixo, trecho do livro “Teatro ensino teoria e Prática - Volume 2 –“ organizado por Paulo Merisio e Vilma Campos, publicado pela Edufu em 2011 (UFU / Universidade Federal de Uberlândia). Capítulo “Expressões e impressões do corpo em cena. Parte 2 - Práticas teatrais -“. Escrito por Renata Meira, professora dessa disciplina. Acredito que nos ajudará nesta reflexão acerca da importância da busca por uma consciência corporal ampla para fins de arte, educação e vida.
Expressões e impressões do corpo em cena
 
“O primeiro elemento de expressão é o próprio corpo. Corpo que se movimenta das extremidades em direção ao centro ou que expande em movimentos do centro para as extremidades. Corpo formado de partes como pernas, braços, tronco, cabeça, rosto, e víceras. Partes que assumem posições no espaço desenhando linhas e curvas, aproximando e distanciando de outras partes do corpo, de outros corpos (...)”
 
Feitas essas reflexões, vejo que alargar a nossa consciência do movimento facilita o autoconhecimento para uma dança pessoal e ao mesmo tempo o incorporar de personagens, arquétipos e tipos variados.
 
Segunda parte da aula
Quadro O corpo humano -  “As autoridades locais” por Salvador Dali
 
Ao voltarmos do intervalo, a professora dividiu a turma em duplas: um membro da dupla ficava deitado no chão, relaxado e respirando com o corpo deitado de lado e com a cabeça descansada em cima de um tijolinho macio, e o outro com as mãos e com energia, respirando juntos. Primeiro começamos com as mãos no tronco baixo, uma mão na pelves e a outra na costela, empurrando na diagonal para flexibilizar, ampliar a movimentação do tronco, e assim subimos nossas mãos para a costela e as escápulas, repetindo a mesma dinâmica de empurrar em direções diagonais opostas. Feita essa primeira parte, fomos para a escápula e pélvis; um bem estar tomou conta do meu corpo, sentia como se eu fosse de porcelana e imaginava o quanto temos que ter delicadeza para trabalhar com o corpo do outro com dedicação e cuidado. Depois revezamos as partes de quem recebia e de quem fazia, até que todos tivessem a oportunidade de receber os cuidados para um melhor funcionamento e flexibilidade do tronco, centro das emoções vividas e acumuladas ao longo da vida de cada um de nós.
Por fim, a professora mostrou imagens dos estudos de Ivaldo Bertazzo, reafirmando e dando exemplos das práticas em busca do domínio e conhecimento da anatomia humana.
"Apesar de sermos todos regidos pela mesma constituição mecânica, nos movimentamos de um modo muito particular. O homem tem essa capacidade de individualizar e personalizar seus padrões de movimento, tornando-se um ser único. Cada indivíduo forma, assim, um universo a parte, com seu desenho corporal e sua história. Nosso corpo independe de estar vinculado a fatores culturais e étnicos, tem a sua trajetória e sua carga histórica. E essas características devem ser respeitadas. Pois o modo como nos postamos e organizamos nosso corpo para o movimento é o exercício da nossa individuação, direito conquistado por nós." Trecho de texto de Ivaldo Bertazzo em www.metodometarzzo.com
 
 
... Eu queria crescer pra passarinho... 
Trecho do livro O Diário de Bruguina do poeta
 Manoel de Barros.
 
"Tenho sincero respeito por aqueles
artistas que dedicam suas vidas
exclusivamente à sua arte - é seu direito ou condição! - Mas prefiro aqueles que dedicam sua arte à vida."
(Augusto Boal*)

* para Augusto Boal, o importante é re-situar o indivíduo em seu entorno, apontando novas perspectivas de relações de poder.
Avante com nossas bandeiras poéticas!
Lívia Chumbinho.
 
 

 
 
 
 
 
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013


Aula Consciência Corporal trabalho de Lívia Chumbinho Profa Renata Meira Artes Cênicas UFU fev2013
 
Aula


Consciência Corporal


1.     Círculo

 

Imagem do espetáculo Sagração da Primavera, por Pina Bausch

 
O círculo é uma prática constante nas atividades, encenações, montagens, jogos e diálogos das aulas e encontros de gente de teatro e da dança. Onde dialogamos, trabalhamos e criamos com prazer e lucidez.

 

O círculo estava habitando como um corpo, pulsando na nossa busca coletiva por conhecimento: físico, corporal, espacial. A professora Renata Meira. Fez reflexões a respeito da diferença entre alongamento e aquecimento. Ensinando a importância de alongarmos antes e depois do aquecimento nas práticas que buscam uma reeducação corporal, ampliando as possibilidades de movimento, ação, gesto e criatividade.

 
1.     Acordar-espreguiçar

 

 

 

 

 

Tórax




A aula começou com uma conversa em roda. O assunto principal com o professor Élder foi sobre a caixa torácica e a respiração. Fizemos uma massagem no peito para sentir a respiração e também o volume do tórax.

Foi feito outro exercício para que tomássemos consciência de nossa caixa torácica onde a respiração era o que guiava o movimento de todo o corpo, neste exercício, estavam todos deitados no chão e na medida em que íamos inspirando e expirando, o movimento era dado a partir do centro do corpo até as pontas dos dedos, em todos os planos e todas as direções.

Em seguida formamos outra roda de discussão, desta vez todos de pé, onde foi conversado alguns
temas e a professora Renata perguntou: o que é ligamento, tendão e nervo? Chegamos, juntamente com a professora, à conclusão de que:
  •  Ligamento: É o que liga osso a osso e facilita para que um osso não saia de sua posição para que possamos manter o equilíbrio e a postura.
  •  Tendão: Esta presente nas extremidades dos músculos, para garantir a sustentação destes e para movimentar os membros.
  •  Nervo: Funciona como nossa central de informações, recebe e processa informações de todas as partes do corpo e envia informações e comandos.



Logo depois entendemos a diferença entre alongamento e aquecimento:
  • Aquecimento: São exercícios repetidos para lubrificar as articulações, aumentar a temperatura e diminuir os riscos de lesão.
  • Alongamento: São movimentos lentos que buscam alongar ao máximo os músculos dentro dos limites do corpo.



E então finalmente partimos para uma prática bastante divertida e auto explicativa sobre o que é o aquecimento, que foi o pega-pega-cogumelo, não era um grupo com muitas estratégias nem de fuga e nem para pegar e recebemos uma crítica da professora Renata por causa disto, então, depois todos começaram a jogar com um pouco mais de técnica.

O próximo exercício foi proposto também pela professora Renata, nós fechamos os olhos, colocamos nossas mãos nas costas cruzando os braços na frente do corpo e nos movimentamos a partir da caixa torácica que guiava o corpo e nossas ações juntamente com a respiração. Neste exercício também foram incluídas as máscaras, que nos ajudaram na movimentação, ação e utilização do espaço da sala. Aos poucos foi permitido que pudéssemos abrir os olhos, desde que não atrapalhasse nossa percepção.


















Ao final do exercício a professora Renata deu um feedback para algumas pessoas da turma juntamente com o professor Élder e os monitores. Nós também falamos um pouco sobra o que cada um de nós sentiu e se sentia durante o exercício.
O ultimo exercício que foi feito foi um de alongamento da caixa torácica  um exercício bem gostoso de fazer e receber, a turma foi divida em duplas para que pudesse ser feito o exercício, onde cada lado de uma pessoa recebeu o alongamento primeiro. Quase no fina do exercício, já tinha extrapolado um pouco o horário da aula, os meninos que estavam esperando para começar a jam-session no LAC, então nós precisamos terminar o exercício bem rápido para liberar a sala.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Alongamento e Flexibilidade


COMPONENTES QUE INTERFEREM NA FLEXIBILIDADE

As estruturas que interferem na flexibilidade são: óssea, musculo, tendão, ligamento e capsula articular.
As fáscias que envolvem as fibras musculares: endomísio, perimísio, epmísio, conferem resistência durante os exercícios de alongamento.
No estudo de Cumming (1984) Os fatores limitantes da flexibilidade residem no comprimento dos músculos, um exercício que produz alongamento dos músculos resultará em aumento da flexibilidade. Então como os tendões tem mais colágeno que os ligamentos e, por sua vez, estes mais que os músculos, é coerente acreditar que os componentes de sustentação, resistem mais a deformação, mas não se pode delimitar, afirmando que só se usam músculos ou ligamentos. É claro que se a tensão for muito baixa não afetará plasticamente, os ligamentos e tendões.

TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES
Basicamente existem três tipos de fibras musculares. As fibras vermelhas tipo I e as fibras brancas tipo II A e II B.
As fibras vermelhas contêm características lentas, são resistentes à fadiga, localizam-se mais profundamente, no sistema e tendem ao encurtamento.
A concentração de colágeno é maior nas fibras vermelhas. Músculos com maior concentração de fibras vermelhas são localizados mais profundamente e possuem alta resistência, baixa deformação e permitem sustentar uma postura estática por um tempo maior que os músculos de fibra branca.
Músculos de fibras brancas são mais superficiais por conta de sua grande elasticidade facilitam a velocidade de contração.
As fibras brancas tipo IIA são rápidas e possuem pouca resistência à fadiga. As fibras brancas tipo IIB desenvolve maior força de contração e se fadiga mais rapidamente.
A distribuição das fibras varia entre os grupos musculares de acordo com a função postural (tipo I) e movimentos rápidos (tipo II).
Inicialmente, as moléculas de colágeno são desorientadas e cedem melhor ao exercício de alongamento com o aumento de tensão muscular. O colágeno orienta-se e reforça as moléculas, tornando menor a deformação do tecido (Józsa & Kannus, 1997).
Com o envelhecimento o tecido colágeno tem seu tamanho e diâmetro reduzido e aliado o desuso, as fibras colágenas tornam-se mais orientadas, reforçando o numero de ligações intra e intermolecular, dificultando o deslizamento das proteínas.
Dessa forma ocorre redução da capacidade elástica das fibras para sustentar o exercício de alongamento e torna o tecido mais suscetível a lesões.
O exercício de alongamento estático entre fraca e moderada tensão afasta as ligações das moléculas de colágeno, provocando a deformação dos tecidos e assim, desenvolve a flexibilidade.

COLÁGENO
O componente estrutural de todo tecido conjuntivo é determinado pela fibra colágeno.
As características mais importantes da proteína de colágeno são:
  • Muita e pouca extensibilidade, conforme observado nas reforçadas estruturas dos tendões dos ligamentos.
Os aminoácidos hidroxiprolina e prolina mantém o feixe de colágeno mais resistente ao alongamento.

TENDÃO
O tendão conecta o musculo ao osso; por isso, é dito que está em série com a fibra muscular.
O tendão é formado por fibra colágeno tipo 1 e 3.
O tecido elástico do tendão tem por função conservar a energia para manter o tônus durante o relaxamento e provê a defesa contra a força excessiva ajudando a restaurar a tensão normal.
O tendão não deve ser muito rígido , perdendo todas as suas características elásticas, nem muito maleável, deformando excessivamente os componentes plásticos.

LIGAMENTOS
Limita o excesso de movimento e fornece feedback sobre a posição articular.
As fibras elásticas do ligamento permitem o movimento articular normal. A capacidade do ligamento promover estabilidade articular é limitada e depende grandemente da geometria articular da superfície articular e do local da inserção (Baratta, 1986).
Tanto o exercício de alongamento com forte tensão muscular pelo método passivo como o alongamento intenso pelo método ativo, pode causar rompimento parcial ou total de suas fibras. Igualmente, o mal posicionamento nos exercícios de alongamento estático pode desalinhar a orientação de dois ossos, tornando instável a articulação.

CÁPSULA ARTICULAR
A cápsula articular é resistente aos exercícios de força e de alongamento e sofre adaptação proveniente do treinamento.
Exercícios de alongamento forçado podem ocasionar luxações na articulação.
No entanto, em movimentos com excesso de amplitude músculo-articular, como ocorre em alguns exercícios de alongamento com forte tensionamento os componentes de colágeno da cápsula articular podem ceder.

CARACTERISITCAS MECÂNICAS DO TECIDO CONJUNTIVO
A força compressiva no tecido corporal produz a contração e a força tensiva produz alongamento. Um corpo aumenta seu comprimento em aplicação de uma tensão. O retorno do tecido a seu tamanho original, após a remoção da força aplicada, denomina-se comportamento elástico.
Se há intenção de ocasionar deformação no tecido a longo prazo, a força aplicada deve superar ligeiramente o limite elástico, alcançando a plasticidade do tecido, onde a deformação é permanente ou, pelo menos, prolongada.
No sarcômero muito curto o potencial máximo de força é reduzido devido à sobreposição dos filamentos de actina e de miosina.
No sarcômero muito longo o potencial máximo de força também é reduzido, pois a actina ativa está além do alcance da ponte cruzada (Hunter, 1994).
No músculo alongado sob tensão, os miofilamentos deslizam e a energia elástica é armazenada na ponte cruzada nos filamentos de actina e miosina. Portanto, no alongamento muito acentuado perde-se a força do movimento, por impossibilitar-se a sobreposição dos filamentos de actina e da miosina, (Schimidt, 1979).
Exercícios de alongamento feitos rapidamente causa o reflexo de alongamento por meio do sistema aferente dos fusos musculares, podendo aumentar a força na contração concêntrica (Bosco et al., 1981).
A soma da velocidade do encurtamento do elemento  contrátil, mais a velocidade do encurtamento elástico em série são decisivas no movimento concêntrico pós fase de contração excêntrica.
Recomenda-se alongar as regiões com encurtamento muscular, para maximizar o potencial atlético.

PROPRIOCEPTIVOS MUSCULARES
Os proprioceptivos musculares têm por função informar ao sistema nervoso central as alterações na extensão e da contração muscular e na percepção da posição corporal.
 

FUSO MUSCULAR
Os fusos musculares têm a função de controlar a alteração na velocidade e extensão muscular.

INERVAÇÃO DO FUSO MUSCULAR
Os fusos musculares têm dois tipos de aferências, denominados terminal primário e terminal secundário.
Uma das diferenças de resposta ao alongamento entre o terminal primário e o secundário é que o primeiro responde ao estimulo rápido e lento, sendo o estimulo rápido dado pela velocidade de alongamento do musculo e o estimulo lento pelo declínio na frequência a uma nova extensão do musculo. O terminal secundário responde só à extensão  uscular.
O estimulo lento ocorre constantemente nos músculos responsáveis pelo controle postural. Os músculos posturais antagônicos à tração da gravidade são estendidos. Por isso, os fusos musculares são também estendidos. Impulsos sensitivos (aferentes) são evocados, e o musculo se contrai, de forma que a tração da gravidade é contrabalanceada, (Jami, 1992).
O estimulo rápido é bem citado no exemplo clássico do alongamento reflexo do tensão patelar, quando no tendão patelar é dado uma ligeira batida com o martelo de borracha. O impacto súbito sobre o tendão provoca o alongamento do quadríceps, que por sua vez, estende os fusos musculares e envia sinais para a medula espinhal. Logo após, o sinal reflexo volta ao musculo quadríceps, produzindo sua contração.
Os fusos musculares reagem rapidamente em resposta ao alongamento para amortecer uma extensibilidade abrupta, protegendo a ruptura do tecido muscular.
No musculo alongado rapidamente, a contração resultante é maior do que no musculo alongado lentamente.
O tempo de permanência no alongamento estático permite afrouxar o terminal primário do fuso muscular e diminui a atividade dos receptores de alongamento, o que é dado pela adaptação do fuso muscular. Daí a recomendação de desenvolver a flexibilidade com exercícios de alongamento estático.

FUSO TENDINOSO DE GOLGI
Durante a contração muscular, o fuso tendíneo descarrega um impulso nervoso capaz de inibir a contração muscular e provoca o relaxamento do musculo.
Devido a isso, o fuso tendinoso de golgi é um sistema aferente inibitório enquanto o fuso muscular é excitatório.
O exercício de alongamento com forte tensão muscular pode ativar o fuso tendíneo e pode originar o relaxamento muscular. Esta resposta é chamada de reflexo de alongamento inverso ou inibição autogênica. Isto é percebido depois de determinado tempo em alongamento. Diminuindo a tensão o musculo pode ser alongado um pouco mais.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Estudo do Rosto


Olá pessoal, posto aqui no blog com uma proposta diferente de postagem, este Videolog se refere a nossa ultima aula no dia 05/02/2013.





(Desculpe mais o Áudio está ruim, tentei de todo jeito melhorar, recomendo assistirem com fones de ouvido.)

Após identificar alguns erros, por ter improvisado, falado sem ler nada, só resgatando pela memória o que foi trabalhado em aula vou explicar melhor alguns exercícios propostos:


1° Exercício: Ficávamos em frente ao espelho trabalhando as quatro expressões que fiz mais duas que eu esqueci de mencionar, que é a estreita e a longa.



















2° Exercício: Andamos em sala de aula trabalhando a expressão facial e a expressão corporal em conjunto, detalhe para o vício da mão que foi comentado no Videolog.

3° Exercício: Delimitamos Cinco espaços em formatos ovais com fita crepe no chão da sala, cada circulo correspondia a uma abordagem de expressão, nesse exercício trabalhamos a expressão do Rosto e do corpo, estimulados através de imagens propostas para análise de entendimento do ator (Reprodução ou Interpretação) com o intuito de engrandecer o movimento, diminuir o movimento, conflitar com o outro em determinados espaços.

 

















Utilizei muito a expressão: Rico
Rico: Que possui em grande quantidade, abundância, fartura, bom, agradável.
No caso o que eu quis dizer quando dizia que a informação é RICA, era pra salientar que ela não se limita por ali mesmo, ela pode e deve ser estudada mais profundamente.


Commédia Dell Arte - Máscara Neutra


A Máscara Neutra é um rosto que não apresenta uma expressão particular, se apresenta em estado de calma, sem expressão concreta e estado de equilibrio. No estudo da Commédia Dell'arte é a primeira máscara que o ator tem contato, a sua criação varia de acordo com os seus criadores.








 Donato Sartori










Jacques Lecoq










Já nossa expressão neutra possui sim nossa caracteristica, não tendo nada a ver com a mascara neutra da commédia dell'arte.

Se estiver algo errado por favor me avisem, Abraços e até amanhã!!







domingo, 3 de fevereiro de 2013

Aula 08/01/13


A aula de hoje foi ministrada pelo Prof. Elder, já que a Profa. Renata estava ocupada trabalhando no concurso pra escolher um novo professor para o curso de Teatro.

Analisamos um esqueleto humano, dando maior atenção a parte que posteriormente nomeamos como "bacia" ou "quadril". Muito alunos, depois de olhar pra essa região específica de ângulos diferentes encontraram formas de animais escondidas nela, como uma borboleta ou um elefante. Também notamos que se mexêssemos na estrutura um pouco, a ossada do quadril de uma pessoa daria uma bela máscara!

Partindo das informações que descobrimos, foi a vez de todos acharem aqueles ossos específicos em si mesmos; e percebemos que não damos a devida atenção que nosso corpo merece. O quadril é cheio de ossos, cada um com um formato diferente, e tudo muito bem ligado trabalha para proteger os órgãos que temos nessa parte do corpo.

Depois de cada um encontrar os ossos do seu próprio quadril, em duplas, partimos para explorar o quadril do colega e encontrar maneiras diferentes de encaixe entre os dois.

E não é que o quadril também é importante para a respiração? Ainda em duplas, ao se deitar de lado, percebemos que o nosso quadril se movimenta conforme os nossos pulmões se expandem ou se contraem. Cientes dessa movimentação, testamos como o fluxo do ar dentro do nosso corpo trabalha para o aumento ou a diminuição da distância costelas-quadris.

O Elder aproveitou seu conhecimento na dança para nos ensinar uma espécie de rolamento, o que é bem difícil de se entender se você não fizer ou estiver assistindo, mas digamos que o princípio básico era a rotação e a abertura dos quadris. Seguindo ainda o princípio desse "rolamento", fizemos alguns passos de dança e assim finalizamos a aula.

P.S.: Estou postando em nome da Jessie Silva, já que ela não conseguiu postar por problemas técnicos ligados ao seu acesso no blog.