terça-feira, 9 de abril de 2013

Descobrindo a poesia de personagens conscientes!


Estava uma escura e tempestuosa noite…

Bem assim começaria a postagem do dia primeiro de abril se fosse feita pelo nosso querido Snoopy.

Mas porque começar lembrando-se de um personagem como o Snoopy?

Bem por que neste segundo dia de apresentações de nossos trabalhos finais da disciplina mais uma vez vimos alguns de nossos colegas mostrarem um pouco do modo como suas fantasias e percepções os transformaram durantes este processo.

E em relação  a semana passada houveram novas apresentações com apostas diferentes das do primeiro dia, a aula teve ainda uma visita especial de Inglide Santos, pessoa a qual me ajudou a fazer algumas anotações e que espero que gostem do restante do conteúdo de hoje.

Para começar bem à noite tivemos Sâmara Batista que nos trouxe seu processo de descoberta usando tecidos para fazer um dança enquanto ao fundo havia uma musica calma e um ótimo conteúdo que nos ensinou um pouco mais sobre a propriocepção, mostrando também a influência que o curso de fisioterapia cursado pela Sãmara tem no seu processo uma vez que ela utilizou bem dele para também enriquecer ainda mais sua apresentação é também nos mostrar um pouco mais sobre o assunto. A turma comentou sobre a maneira como o processo mostrava realmente a Sâmara, uma vez que quando ela tirava os tecidos mostrava a maneira como ela vem se descobrindo no teatro, retratando a perca do medo e timidez junto de seu crescimento individual e coletivo
Sâmara com seus tecidos minutos antes da apresentação.

Seguindo a ordem chega à vez de Juliana Lima, ela que nos trouxe seu processo de maneira divertida e popular como é o caminho que ela tem mais experiência. Iniciou com um texto de um autor desconhecido e em seguida uma riqueza de experiências onde ela além de ter um uso muito grande da mascará mostrou diversos tipo e intenções de movimentos criados, ela ainda também envolveu o processo como um todo quando se apresentava sem mostrar parte por parte no que havia mudado. Alguns comentários foram como a professora Renata que já tinha um trabalho anterior com a mesma e que elogiou a maneira como ela conseguiu ainda novas conquistas como a de utilizar ainda mais escapula e o quadril, também na sala foi presente os comentários de que foi divertido de ver e exatamente pela bagagem trazida pelos trabalhos anteriores da Juliana foi bastante enriquecedor também.
Sâmara,Thiago,Juliana e Vitor 4 dos que entraram em cena no dia 1º de Abril

A terceira apresentação da noite coube a Robert Oliveira, que nos trouxe seu processo em uma cena onde estava em um circulo com diversas palavras ao seu redor, palavras relacionadas ao processo. Em sua cena seu corpo despertava e aos poucos foi adquirindo mais vida e conseguindo se colocar de pé, foi destacado pelo grupo que Robert usou bastante alongamento e também soube aproveitar bem de sua preferência musical e da conversa que ouve aulas antes com o grupo para transformar em uma experiência rica e divertida a qual deixou todos impressionados.
Vários momentos da apresentação de Robert

Logo depois tivemos a vez de nosso amigo Thiago Augusto que não teve vergonha de nada eu diria apresentou primeiramente uma conversa onde contou para nós sobre um pouco de como foi o seu processo e também sobre seu caminho no teatro até aqui, disse também sobre o estranhamento com a idéia de ossos e imaginar que fazem parte de si e como foi superar isso e também a rejeição inicial a toque dos colegas. Em sua apresentação pratica ele trouxe a turma alguns de seus personagens de maneira divertida mostrando na pratica algumas de suas atividades teatrais até aqui, vale dizer que toda a turma gostou muito do que viu.
Ultimo personagem da apresentação de Thiago

Depois de Thiago e seus personagem chega à apresentação de Bárbara, sua apresentação começou com um modo de levantar semelhante ao do Robert, porém mais rápido e ela explorava os movimentos de maneira lenta inicialmente, focando parte por parte do esqueleto e com bastante uso da mascara. Na segunda musica surge a energia dos movimentos, rápidos e organizados em uma dança bastante sensual também como todos disseram, era bastante presente na sua apresentação o enraizamento e também foi impressionante a maneira como ela seguiu o ritmo sem perdê-lo em momento algum durante sua dança.
O corpo em movimento, momento da apresentação de Bárbara

Então surge o inconsciente consciente de Vitor que nos traz pela primeira vez nas apresentações uma relação entre as bibliografias da disciplina (A escuta do corpo de Jussara Miller) e o processo também na cena, seu inconsciente consciente falou para nos sobre o processo do Vitor e logo em seguida convidou o próprio aluno a nos mostrar na pratica sobre o seu processo através de uma dança onde ficava muito clara para todos à presença de enraizamento, uma leveza nos movimentos e também experimentação dos mesmos.
 Inconsciente consciente nos falando sobre o processo do Vitor 
Por fim e não menos inovador em ralação aos outros veio Matheus com uma sensível poesia corporal onde todo seu processo era explicado em versos, a poesia deixou clara a maneira como o aluno vê o processo como uma maneira gostosa de aprender como a própria infância para as crianças. Assim que acabou a poesia e com uma musica que convidava a todos a se mexer, Matheus traz mais uma vez a integração geral da turma no seu processo.
Matheus e os movimentos logo após sua poesia 

Bem espero que minha postagem tenha melhorado em relação à da primeira aula na qual não tinha tanta experiência ainda com o meu corpo, a turma ou a disciplina, logo a baixo segue um pouco do que a convidada Inglide Santos disse sobre a aula quando pedi para ela falar um pouco sobre o que viu de cada um.

“Eu até hoje fui pouco ao teatro então foi uma experiência bastante nova participar de uma aula, ainda mais vendo apresentações de pessoa. Não só nova, mas também divertida, logo quando cheguei já fui convidada a dançar com os tecidos na cena da Sâmara e acho que pela timidez que fiquei com a surpresa que procurei logo pegar um dos tecidos para aparecer um pouco menos e me soltar mais.

Na apresentação da Juliana achei muito divertido o modo como ela usava o rosto e que agora vi que vocês chamam de mascará o teatro, eu até perguntei para você por que estavam falando mascará, e também achei lindo o texto que ela disse antes, dessa vez eu fiquei sem graça em ir dançar com vocês no final, mas foi muito interessante ver como alguns interagiam e faziam movimentos que não se vê em dias comuns.

Quando o Robert foi apresentar fiquei bastante surpresa, toda vez que agente passar por ele no trabalho eu não imaginava ele dançando como fez e também ele parecia estar se sentindo muito livre com o que estava fazendo, deu uma sensação de que ele sentia muito prazer em fazer aquilo também.

O Thiago foi muito engraçado de assistir, ele o Robert e o Vitor são da cidade onde eu vim também mas não conhecia eles antes, gostei muito de todos os personagens dele e principalmente no final na hora em que ele usou o leque.

A Barbara é única que eu já tive chance de conversar antes de vir hoje e também foi uma das coisas que me fizeram gostar poder assistir, e por mais que eu ela seja bonita eu não imaginava que ela dançasse daquele jeito que ela fez como todo mundo disse foi muito sensual a apresentação dela mesmo.

Quando o Vitor trouxe aquele personagem achei um jeito muito interessante de falar sobre si, parece até ser mais fácil para não sentir tanta vergonha quando você fala, os movimentos que ele fez eu não conseguiria fazer nem com os messes de aula eu acho, ele também parecia estar muito livre fazendo a apresentação dele.

No final eu achei muito bonito o jeito que o Matheus fez a poesia falando sobre si e incentivou o pessoal a ficar bem relaxado falando até pra deitar, acho que isso fez com que vocês se lembrassem melhor ainda da aula pelo o que você me disse.

Pra acabar eu só quero também agradecer por terem deixado eu assistir a aula e seu eu puder virei outras vezes também, acho esse bloco e o pessoal do teatro os mais divertidos da UFU, em outros blocos agente não vê as pessoas conversarem e cumprimentarem agente como fazem aqui.”

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aula: 02/04/2013

Oi, pessoas!
Na última aula tivemos 4 apresentações dos trabalhos individuais finais.
A primeira apresentação foi da aluna Isabella - eu -, que fez um paralelo entre a disciplina de Consciência Corporal e a de Hipnose, do curso de Psicologia. Primeiramente, comentei sobre o quanto gostei de ter cursado essa matéria e o quanto aprendi durante o semestre. Principalmente sobre arte. O quanto percebo muito além de um trabalho artístico, seja ator, seja pintor, seja cantor. Vejo o quanto de esforço e trabalho está por traz de uma encenação e valorizo ainda mais essa profissão. O quanto é difícil envolver um público e entregar-se a uma cena sem ser exagerado demais ou contido demais. Equilíbrio. Falei também das mudanças pelas quais passei ao longo do semestre, em como essa disciplina me ajudou a perceber muitos aspectos do meu próprio corpo que eu não percebia. E como ao mesmo tempo cursei a disciplina de hipnose, observei o quanto uma matéria complementa a outra.Ter uma visão mais completa sobre o próprio corpo e o corpo do paciente é muito significativo e importante na hora de um tratamento pela hipnose.
Para ilustrar um pouco desse aprendizado, realizei com meus colegas um exercício de hipnose com o intuito de relaxamento e entrega do corpo. Fiquei muito feliz ao ver o quanto todos realmente se entregaram para a atividade e gostaram da experiência. Recebi muitos comentários positivos na hora das notas e discutimos qual seria a importância desse tipo de exercício para o Teatro e da presença ou não de movimento naquela hora. Para mim, por mais que o corpo esteja completamente entregue e imóvel, há um movimento interno muito intenso. Acredito ainda que esse movimento seja de extrema importância para o teatro, para a dança, para a psicologia ou para qualquer profissão existente.
A segunda apresentação foi da aluna Tais. Ela começou falando que pensou em ser muito objetiva naquele trabalho e nas mudanças pessoais que ocorreram ao longo do semestre, principalmente em relação à postura. Tais comentou sobre as primeiras aulas, nas quais trabalhamos o enraizamento e movimentos com o quadril. Disse sobre o quanto achava esses exercícios chatos e dolorosos, mas com com o passar do tempo foi descobrindo novas formas de enraizar que diminuíam esses sentimentos. Dessa forma, foi mais fácil trabalhar com o alinhamento - no caso dela, o caimento do ombro direito. Ela notou também uma melhora nas formas de trabalhar membros superiores e inferiores ao mesmo tempo.
Para a atividade prática, Tais conduziu um aquecimento com a turma e propôs que colocássemos em prática movimentos aprendidos nas aulas, utilizando pés, mãos, braços, pernas, quadris e o rosto. Como se fosse uma revisão de tudo o que foi aprendido. O exercício trouxe para a maioria dos alunos uma boa experiência de recordar e praticar.
A terceira apresentação foi de Jéssica. Ela nos contou um pedacinho de sua história de vida. Em dezembro de 2012 passou por uma cirurgia e foram 6 meses de recuperação. Por causa da cirurgia, perdeu a sensibilidade externa de parte do abdômen, mas sentia muita dor interna. Não conseguia se sentar, já que não sentia a barriga e, ainda no hospital, não recebeu suporte de psicólogos ou fisioterapeutas. Sua recuperação foi um reaprendizado e Jéssica precisou de agarrar no que conseguia sentir. Ela falou também sobre sua identificação com um texto trabalhado em sala de aula, "A mulher desencarnada", que falava também dessa perda do reconhecimento do próprio corpo. Entrou para a disciplina muito insegura, mas aproveitou o que podia.
A última apresentação foi de Adriel. Ele contou que rasgou tudo o que havia feito até aquele dia dos trabalhos e fez uma apresentação um pouco improvisada. Falou sobre pensamentos, sensações e memórias, sentimentos que foram marcantes para ele ao longo do andamento da disciplina. Contou que as aulas relacionadas ao tórax mexeram com suas sensações e sentimentos e ele relacionou as aulas de consciência corporal com as aulas de jazz. Adriel disse que sua maior dificuldade na matéria era não repetir os movimentos. Tomando isso por base, propôs uma atividade: a turma deveria fazer movimentos que não estava habituada a fazer. Cada um deveria evitar os movimentos que tinham costume de fazer e tentar novos. A maioria da sala teve certa dificuldade em pensar nesses movimentos e trouxe em questão o medo: medo de errar, medo de acertar, medo de julgamentos. 
Abraços,
Isabella e Guilherme