Bem vindos ao Caderno do Nós referente a aula do dia
03-12-13
Esta conclusão corresponde à nossa 6ª aula de Consciência
Corporal, conduzida pela primeira vez pela Rosely Conz. Em roda nossa
instrutora anunciou que após a leitura do
registro da aula passada assistiríamos a um espetáculo que trabalha as técnicas
de consciência corporal, seria às 15:00hs, portanto seguimos com a leitura do
caderno do Nós referente a 26.11.13 redigido pela aluna Giovanna Parra.
Apreciamos
suas ótimas colocações e fizemos algumas pequenas considerações, como por
exemplo: ressaltamos o significado real do exercício de ENRAIZAMENTO – o grupo
chegou a conclusão que podemos compará-lo a criar uma base, metaforicamente, assim como uma
árvore. Falamos também que nosso corpo foi feito para ser moldado, ou seja, é
uma estrutura que pode ser sempre modificada, para o bem ou para o mal. “Levantamos então acampamento” e
nos direcionamos ao bloco 5U onde ocorreu o espetáculo: Corpo DESCONHECIDO – um
solo apresentado por Cinthia Kunifas que tem por colaboradora Mônica Infante,
cujo trabalho na apresentação é mais uma orientação performática.
As duas são
do Paraná e sustentam este espetáculo desde 2002, o que é um grande desafio
pois é preciso manter o espetáculo vivo em um corpo que está em constante
mutação. Essa apresentação foi criada baseado na técnica de Alexander ( VOCÊ
SABE QUEM É?) Era um ator com problemas de voz, queapós várias consultas e
exames médicos constatou que não tinha nenhuma deficiência orgânica, o que o
levou a perceber que a posição de seu corpo, de sua cabeça, influenciava a
saída ou não da voz.
Antes de compormos a assistência do espetáculo, nossa
instrutora Rosely direcionou nosso
olhar
enquanto platéia participativa: Olhar de forma ampliada, suas qualidades, a
organização e claro, como ele se relacionava com as aulas que tivemos até
agora.
Vinte e três minutos de micro-movimentos, pausas,
concentração e silêncio absoluto quebrado por intensas palmas, destinadas a um
número indescritível.
Fomos guiados a uma sala onde as atrizes agradeceram a boa
hospitalidade, mas nem por isso se esquivaram das dúvidas que circulavam sobre
a preparação feita pouco antes da apresentação; que elas sempre investigam o
território antes, e usam da respiração, meditação e quietude para se conectar
com o seu próprio o corpo. Cinthia se atrapalha um pouco em territórios
inclinados para trás (devido enraizamento) e quando a adrenalina está muito
alta, no entanto ela foca na energia do ambiente e permite que os barulhos
externos sejam incluídos no corpo, potencializando os movimentos.
A dançarina estudou dança desde os seis anos, entretanto isso
nunca lhe ensinou o que é movimento. As questões são muito existenciais. Depois
dos vinte e três minutos ela se sente emocionalmente descarregada e a tensão é
totalmente liberada. Ficou bem claro que os micro-movimentos não são manipulados
e que o diálogo do público com a dança é sinestésico!
Voltamos a nossa sala costumeira para dialogarmos sobre o
espetáculo. Fomos elogiados pela nossa recepção (em especial os alunos Kairo,
Kárita e Giovanna, pela participação) e salientamos a qualidade incomparável do
espetáculo que foi visto.
Agora, Rosely e Renata juntas propuseram a utilização do
texto que inspirou este espetáculo para criarmos um diário de leitura. Ao nos dermos conta do horário já eram 18:30hs, o que nos direciona ao tchau, mas antes relembro a todos: Acredite nas possibilidades, não
aceite ordens nem externas, nem internas, apenas se permita experimentar
afinal.
Kaká Silva
(Por complicações técnicas, essa postagem foi feita por Gustavo Bacci, a pedido da aluna Kárita Silva. O texto se encontra na íntegra)