segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Diários de Leitura

Esta semana iniciamos o trabalho com a leitura dos textos selecionados dos anais da ABRACE.

A primeira tarefa será escrever a justificativa da sua escolha dos textos dos anais da ABRACE.

A segunda tarefa será a elaboração de dois diários de leitura, um para cada um dos seguintes textos:

Do corpo como instrumento ao corpo como lugar,  de Sulian Vieira Pacheco.

Por uma abordagem do corpo para a reflexão sobre os processos artísticos, de Lucia Yañez Silva.

O que é um diário de leitura?

Segundo a Profa. Dra. Anna Rachel Machado este “é um novo instrumento pedagógico, capaz de despertar o posicionamento crítico dos alunos diante dos textos e de enriquecer o debate com os professores em sala de aula”.
Ele é um instrumento para trabalhar a leitura de qualquer tipo de texto por meio de reflexões e reações que o leitor tem à medida que vai lendo, e que vão sendo registradas na escrita.
Ele se constitui como um novo espaço de diálogo do aluno com o texto, um espaço totalmente privado, onde ele pode adotar linguagem informal, sem se preocupar com "certo" ou "errado", de modo a se colocar livre e espontaneamente diante dos textos. Dessa forma, o diário de leituras permite que os alunos tracem seus próprios caminhos de leitores por meio desse diálogo, que é sempre único.
Ao mesmo tempo, são criadas as condições necessárias para a construção de um espaço de verdadeiras discussões sobre as reflexões dos alunos, o que permite sua reelaboração e refinamento.
Além disso, “os diários também podem servir como ponto de partida para a elaboração de outras atividades de produção textual, com os resumos e resenhas, conforme as necessidades dos alunos.”
Ao fazer um diário de leitura, diversas possibilidades se abrem para a apreensão dos textos. O autor do diário de leitura pode:

1.   Levantar alguma hipótese sobre o conteúdo/idéias do texto.
2.   Expressar/registrar algum tipo de reação/emoção frente ao conteúdo/às idéias do texto.
3.   Apontar/indicar:
*        O que é significativo para ele.
*        Algum tipo de dificuldade. Dúvidas.
4.   Relacionar idéias/aspectos do texto com suas experiências em sala de aula e em outras atividades corporais e acadêmicas.
5.   Fazer/estabelecer relações entre o texto lido e outros textos.
6.   Fazer reflexões.
7.   Manifestar compreensão e/ou Incompreensão.
8.   Sintetizar. Fazer paráfrases e/ou perguntas.
9.   Concordar, discordar, questionar e posicionar-se diante do que lê.
10. Argumentar contra ou a favor de alguma questão.
11. Avaliar e/ou criticar.

A professora Anna Machado publicou dois livros sobre o Diário de Leitura

MACHADO, A. R. (1998) O diário de leituras. A introdução de um novo instrumento na escola. São Paulo: Martins Fontes, 263 p. tem resenha no endereço http://www.scielo.br/pdf/delta/v15n2/a08v15n2.pdf

No endereço http://www.parabolaeditorial.com.br/Diario.pdf encontramos o sumário e a primeira parte do livro Trabalhos de pesquisa: Diários de leitura para a revisão bibliográfica.

Aula do dia 08/12/2014

Nós começamos a aula conversando sobre o exercício que a professora Renata havia postado no blog, tiramos dúvidas e combinamos de entrega-lo na próxima aula.
Logo após, cada um pegou um bastão e começamos os exercícios para despertar o corpo
• Estimulamos o occipital do pescoço
• Pressionamos o trapézio
• Fizemos movimentos redondos com o bastão no ombro (o ombro estimulado ficou mais alto)
• Fizemos movimentos de se enrolar e desenrolar até o chão
• Giramos o tronco e víamos o tornozelo (movimentávamos 24 articulações)

• Batíamos de uma forma leve, o bastão na clavícula despertando aquela região
• Batíamos de uma forma leve, o bastão na escápula despertando aquela região
• Movimentação escápula / clavícula
• Batíamos a mão no externo o despertando Aprendemos a diferença entra as duas cinturas, a cintura escapular (as duas clavículas se encontram no externo) e a cintura pélvica.
• Sensibilizamos a crista ilíaca
• Acordarmos os ísquios (apontávamos para a lua)
• Levantamos o sacro
• Desenrolamos e nos enrolamos e colocávamos o bastão no chão (O exercício movimenta os ísquios para dentro e para fora, apontando os ísquios para cima, os guardando, e após isso, se levantando – Vídeo1)

• Repetir por 10x apontando os ísquios para cima e encolhendo-o
• Com o bastão de baixo do joelho desenrolávamos até descer, mas sem cair (vídeo2)



• Sentamos em cima dos ísquios, com os pés se encontrando, como se fosse posição de “borboleta”, e puxávamos os pés para dentro, pressionando o joelho para baixo, deixando a coxa paralela ao chão. (Se deixar os pés um pouco mais distante do cóquis, sentiremos mais os glúteos)
• Deitados em posição borboleta, girávamos para os dois lados (vídeo3)



• Alongamos a coxa femoral no espaldar (o maléolo procura o equilíbrio)

Como é a ossatura do quadril?
(Amarra a base – solta-se em cima. O sacro entre os ilíacos tem movimento de balanço)
A ossatura é subdividida em ílio, ísquio e púbis.
O ílio apresenta uma região denominada crista ilíaca

Desenho pelve – púbis, ísquio, sacro, coluna /pelve
Tivemos um momento de conversa, mostrando os 2 esqueletos.

Vimos que a diferença de material nos esqueletos, sendo o material transparente a cartilagem e o esqueleto opaco, os ossos. A bacia contém 3 grandes ossos e 1 ossinho, sendo 2 ilíacos, 1 sacro e 1 cóccix. O ilíaco se desenvolve a partir da fusão de 3 ossos: ílio, isquio e púbis.

• Fizemos percussão no osso, batendo no periósteo, “acordando” o espaço, ganhando consciência corporal somática do corpo
• Discutimos sobre propriocepção – sensores na articulação (informa a relação do corpo), nós temos percepção do nosso corpo. Discutimos sobre pessoas que não tem essa percepção e não tem o controle do próprio corpo.

Texto sugerido:
- “A mulher desencarnada – Oliver Sacks” – explica sobre a mulher que perdeu a propriocepção
- Livros ilustrados de “Ivaldo Bertazzo”
- “Imagens e Imaginação do corpo – Carmen Suárez”

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Avaliação Processual

Conforme acordado em aula, segue as orientações para a avaliação processual que iniciamos em sala. Esta atividade, complementar à atividade realizada em sala e coletivamente, é uma parte da avaliação que não vale nota, mas é uma importante fase para que cada um perceba como está seu desempenho na disciplina. Ao final da proposta, é solicitado que cada um dê uma nota a si mesmo. É um exercício para valorar sua participação, registrar parâmetros e exercitar a análise avaliativa.

Leve suas considerações por escrito para entregar na próxima aula.
Bom trabalho!!


Pegue seu caderno do eu e faça uma reflexão sobre sua evolução – transformação – e escreva considerando:
De modo geral, uma avaliação corporal: o que você descobriu com as atividades e reflexões das aulas? Como e o que foi mudando? Estas mudanças percebidas nas aulas te levaram a outras atitudes fora das aulas? Quais? Você se percebe diferente hoje?

Mais especificamente reflita sobre sua participação na disciplina a partir dos objetivos:
-          Realizar movimentos com consciência corporal, considerando os aspectos exterior e interior do corpo;
-          Reconhecer as capacidades e limites físicos e expressivos tendo como base a anatomia do corpo em movimento e a coordenação motora;
-          Criar e estimular movimentos enfatizando a percepção das sensações, emoções, imagens, pensamentos e memórias correlacionadas;
-          Selecionar exercícios e estímulos de movimento adequados às suas especificidades corporais.
-          Relacionar a Consciência Corporal às atividades teatrais.

Conhecimento objetivo:
Você sabe o que é e para que serve os tendões, ligamentos, músculos e articulações?
Você sabe localizar e sabe quais funções estruturais têm os ossos: ísquios, fêmur, escápulas, occipital, cóccix, ilíaco, sacro, clavícula, atlas, axis, maléolo, cuboides?
Você sabe localizar e o que é o metatarso, a coxo femural, as falanges, sifose, escoleose,

Colaboração – contribuição com o coletivo – qual sua parte? O que você tem feito?

Faça uma verificação de seu desempenho e esforço ao considerar as tarefas individuais e complementares às aulas que combinamos:
Caderno do Eu
Descrever cotidianamente as aulas de consciência corporal registrando suas sensações, pensamentos, imaginação, emoções e memórias.
Dar uma nota diária comentada para sua participação na aula – para subsidiar a auto avaliação e analisarmos o que se pensa sobre avaliação
Texto sobre o processo – a cada dia escrever para subsidiar o texto
Blog – descrever uma aula no semestre – ler e contribuir para a descrição dos colegas. Acompanhar o blog para enriquecer seu Caderno do Eu.
Procurar na página da Abrace dois textos que tem relação com as aulas e postar no blog.
Responda:
Como está seu caderno do eu? O que você criou de interessante? O que falta para ficar bom?
Sobre as postagens já realizadas:  Quais os diferentes modos de descrever? Quais os apontamentos que você pode fazer para melhorar? O que você aprendeu ao ler as postagens que não havia entendido na aula?
Quais os temas que você encontrou nos textos da abrace? O que achou interessante? O que complementou seu conhecimento aprendido em aula? O que te confundiu mais ainda?
Concluindo sua avaliação processual considerando os critérios: 
empenho,
conhecimento,
desenvolvimento,
contribuição pro grupo e para os colegas.

Considere sua frequência, seu empenho, desenvolvimento e contribuição para o grupo e para os colegas e escreva:
Você considera sua participação na aula boa, média ou ruim?
Quais as boas atitudes que devem continuar a ser feitas ou ser inseridas na segunda metade do semestre?
Avalie suas ações corporais  e responda:
Em que você pode melhorar e é simples?
Em que você precisa melhorar e é difícil?
Você tem assimilado os nomes e funções das estruturas corporais estudadas?
Sobre os temas abordados na aula, responda em relação ao seu processo?
Quais você avalia como conquistas ou descobertas positivas?
Quais você avalia como desafios a serem trabalhados?
Se você tivesse que se dar uma nota de 0 a 10 pelo primeiro bimestre que nota você se daria?

Escreva uma justificativa curta.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Aula do dia 24/11/2014: alinhamento, contração, equilíbrio e postura...

Na aula do dia 24 de novembro deste ano, fizemos alguns exercícios visando soltar a coluna, contração abdominal na região do baixo ventre, equilíbrio e postura...

Começamos, então, soltando a coluna e contraindo o abdômen na região de baixo ventre (região abaixo do umbigo): sentados, com as pernas flexionadas (joelhos apontando para o teto) e com as mãos apoiadas na região anterior da coxa, próximas aos joelhos,  íamos inclinando o corpo para trás até repousarmos completamente sobre o chão. Este repouso deveria ser o mais suave possível. Como o intuito era que o abdômen fosse a alavanca que permitiria tanto a descida, quanto o retorno à posição sentada, a professora nos orientava a quando sentirmos a contração do músculo abdominal durante a descida pararmos nesse momento por um tempo (boa dica para quando a descida estiver sendo brusca).

Fonte: supervaidosa.weebly.com

Dando continuidade, continuamos sentados (sempre atentos ao alinhamento da coluna), mas agora com as pernas flexionadas (joelhos apontando para as paredes) como se tentássemos encostar as laterais externas das pernas no chão (e alguns conseguem!) e os pés encostados um no outro, segurados pelas mãos. Assim, inclinávamos o corpo para um dos lados, com certo impulso, permitindo um giro e retorno à posição anterior → esta posição fora chamada de tartaruga.
Podíamos experimentar dar vários giros, como se fôssemos peões ou, ao completar um giro, dar outro no sentido contrário.
 
Fonte: www.taochia.pro.br

Alguém tem medo das bolas suíças? Pois bem, começamos a perder o medo delas nessa aula trabalhando alguns exercícios:

Primeiro: ajoelhados em frente as bolas, íamos colocando nossos corpos sobre ela, com as mãos apoiadas no chão, quase que em um engatinhar, porém, o intuito era avançarmos de modo que apenas os joelhos ficassem sobre elas. Nessa atividade, alinhamos o corpo, sendo que a posição das mãos um pouco inclinadas para dentro, as pernas juntas, rosto voltado para o chão, escápulas abertas e contração do abdômen, nos auxiliava no processo e, nos permitia melhor equilíbrio. Uma pausa na nova posição/postura, retornamos à inicial e repetimos o exercício.

Foto de Mariana de Abreu/ Modelo: Lucas Francisco

Segundo: já menos temerosos quanto à bola, tivemos como marco inicial desse exercício a nova postura apreendida (a do exercício acima). A partir desta, encolhemos nossos corpos – movimentávamos para trás - colocando-nos sobre a bola, como em posição fetal. Aqui, nos propusemos a trabalhar  rolamento de coluna, deixando-a  grande (expansão = posição inicial) e pequena (recolhimento = posição fetal). Quando em movimento inspirávamos, quando parados, expirávamos.

Foto de Mariana de Abreu/ Modelo: Lucas Francisco

Terceiro: deitados, braços abertos; seguramos as bolas entre as pernas (alguns mais próximos aos pés, outros mais próximos ao joelho o que implicaria em menor ou maior esforço), alongamos as pernas (sola dos pés para o teto) e giramos para um lado e para o outro. Ao mesmo tempo que alongávamos a região posterior das pernas, também trabalhamos contração de abdômen (e como trabalhamos!).

Foto de Lucas Francisco/ Modelo: Mariana de Abreu

Quarto: ainda deitados, com as pernas flexionadas, apoiamos os pés sobre as bolas e elevamos o corpo – da região torácica aos quadris – como se quiséssemos tocar o teto com a região anterior do corpo. Trabalhamos agora a região anterior das pernas e, novamente, contração de abdômen (e podem ter certeza que foi muito mais que no anterior.) Ah, não vale apoiar a bola nas paredes (eu fiz isso...rsrsr)

Foto de Mariana de Abreu/ Modelo: Lucas Francisco

Todos em forma (piada), quero dizer, um pouco mais conscientes em relação aos nossos [próprios] corpos, fizemos uma pausa para revermos as postagens anteriores dos colegas. Porém, antes disso abrimos um parênteses gigante e muitíssississississimo (como diria meu amigo Chaves, personificado por Roberto Bolaños – fica aqui a homenagem...) importante nessa vida discente: falamos de estágio, bolsas, organograma institucional tanto a nível de curso quanto a nível de universidade. Sobre a organização estudantil, sobre a apropriação de recursos que existem para nós...

É Renata, quem mandou a professora também estar diretora do instituto de artes?

Brincadeiras a parte, quem bom termos esse espaço de diálogo discente-docente de detalhes que fazem toda diferença. E, que pena, roubando a expressão da professora, que ainda há figuras 'formigas' que querem apenas para si (apesar de que as formigas trabalham juntas...) enfim... vamos compartilhar (como fazemos nesse blog), acredito que nesse caso o que parece subtrair na verdade soma – mas é meu humilde pensamento, por hora...

Saímos do parênteses e voltamos para as postagens, a ideia era a de propormos ajustes ou, simplesmente, reforçarmos o que estava ok e/ou que o colega estava no caminho, que era por aí mesmo. Aqui as criticas/sugestões foram bem vindas, algumas até com canetas coloridas e voltadas  para outras possibilidades e, não apenas, para o que não foi dito/feito. Nos dividimos, então, em 05 duplas e nos debruçamos sobre as postagens referentes aos encontros dos dias 13/10, 20/10, 10/11 e 17/11.

Percebemos quão difícil é essa tal de comunicação: como colocar em palavras o que executamos na prática? Como não deixar escapar detalhes – a mão assim ou assada, os pés em ponta ou apoiados no chão; a articulação do dedo tal e por aí vai – e ao mesmo tempo não tornar confuso o que se pretende explicar? Escrevo em primeira pessoa ou em terceira? Coloco minhas percepções, opiniões, trago algo de poético ou apenas faço uma descrição formal, pretensiosamente neutra?
Ao mesmo tempo, reiteramos a importância dos registros enquanto um acervo rico para nós, futuros atores-professores-oficineiros (e para os velhos também!)...

Algumas dicas (diquinhas):
- a bola suíça um pouco murcha, facilita!
- realizar cada exercício repetidas vezes (nós o fizemos!!!)
- observe seu corpo: o que cada exercício provoca, o que mobiliza, quais limites e potencialidades são descobertas...etc
- a respiração é importantíssima em cada atividade – em que momento inspirar e expirar?