segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Registro de aula de 20 de Setembro de 2017 [Turma Y]

A aula começou com uma pergunta: o que é articulação? Alguns alunos se arriscaram nas respostas e logo chegamos a uma conclusão de que as articulações são os encontros dos ossos, revestidas pela cápsula articular, que contém cartilagem e o líquido sinovial, responsáveis por proteger os ossos dos atritos, lubrificar as articulações, facilitar a circulação e a nutrição das mesmas. Para isso, as articulações precisam de MOVIMENTO. Dentro das articulações existem os ligamentos, que ligam um osso ao outro, podendo ser eles laterais ou cruzados, como foi citado o ligamento do joelho.

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O assunto tomou outra direção e foi citada a importância da cartilagem em outras partes do corpo, como nariz e orelhas e suas funções protetoras. Além disso, a professora nos convidou a fecharmos os olhos e os mantermos apertados por um tempo. Vários de nós vimos formas geométricas, psicodélicas e desenhos, e isso ocorreu porque dentro de nossos olhos, existem terminais nervosos perceptíveis, que captam a luz e proporcionam essas sensações, assim como dentro das articulações, temos estruturas que informam ao cérebro os movimentos que fazemos, eles são chamados de proprioceptores e são essenciais na percepção para aprimorarmos os movimentos.

texto: A Mulher Desencarnada de Oliver Sacks
Mudamos o foco da conversa e cantamos uma música já conhecida por nós: “Tu não me mexe, tu não me bole, que eu tenho a junta do meu corpo toda mole”. Aprendemos que esse estilo musical é o Cacuriá, originado no Maranhão, nas Festas do Divino e apenas as mulheres tocam. Várias curiosidades foram levantadas com relação à festa, à música e ao tambor utilizado pra tocar. A congada também foi pauta da nossa discussão, pois está acontecendo em Uberlândia os cortejos e no dia 14 de outubro é a grande festa que encerra esse período de homenagens à Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
Passamos para a parte prática e cantamos a música novamente, em pé, lubrificando as articulações, conhecendo nosso corpo e sentindo a vibração da voz ao cantar. Aprendemos outra música:
Avoou, avoou
Avoou deixa voar
No galho da imbaúba
Gavião Totoriá
(Gavião – Cacuriá de Dona Tete)
(Seguido de versos aleatórios)
Cantamos e dançamos ao passo do Cacuriá e fizemos movimentos de voo, focando na escápula, simulando um gavião. E, por falar em escápula, esse foi nosso maior tema da aula.

Em dupla, sentados, manipulamos a escápula do colega de forma passiva e em pé, fizemos movimentos com a escápula de forma ativa, e nosso colega deveria senti-la. Após isso, fechamos os olhos e de forma individual, buscamos movimentos que tinham a escápula como protagonista.
Voltamos para o momento teórico e vimos fotos da escápula e sua estrutura. Descobrimos que ela começa, quando a clavícula acaba, ela está em cima das costelas, separada pelo músculo e desliza sobre elas. A escápula é ligada à clavícula e também ao úmero (osso do braço), através da articulação escápula-umeral, que é recebida por uma parte côncava chamada acetábulo escapular.


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Após vermos várias imagens dessa estrutura e de tiramos as dúvidas, a aula encerrou-se sem as frases diárias.
Vídeo Cacuriá de Dona Tete.

Glossário

Articulação: é a união de dois ou mais ossos entre si e de todos os elementos que fazem parte dessa união.
Articulação Escapulo- Umeral: É uma articulação sinovial esferoide que existe entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escapula.
Calcâneo: o osso mais volumoso do tarso, situado na parte inferior e posterior do pé.
Cápsula Articular: é um invólucro membranoso que encerra as superfícies articulares.
Cartilagem: é um tecido amortecedor que reveste a superfície do osso ao nível das articulações, protegendo-as. Também serve para dar forma e sustentação à algumas partes do corpo.
Clavícula: osso longo com uma dupla curvatura que articula o esterno com a escápula, compondo a cintura escapular.
Escápula: é um osso grande, par e chato, localizado na porção póstero-superior do tórax, que juntamente com a clavícula forma a cintura escapular ou espádua, permitindo a união de cada membro superior ao tronco.
Esterno: é um osso chato, localizado na parte anterior do tórax. Serve para sustentação das costelas e da clavícula, formando a caixa torácica.
Ísquios: é um osso que constitui a zona inferior da pélvis (quadril) e que apoia o corpo quando estamos sentados.
Ligamentos: são estruturas que tem forma de banda e se fixam aos ossos em suas extremidades sendo necessários para dar estabilidade às diversas articulações. Por essa razão estão localizados em todas elas.
Líquido Sinovial: tem a função de lubrificar as articulações sinoviais, permitindo seu movimento suave e indolor.
Maléolo: são tuberosidades ósseas situadas na articulação do tornozelo que aparece sob a forma de uma saliência sob a pele de cada lado.
Púbis: é um osso do quadril que fica sob a região genital. O púbis faz parte dos três ossos que formam a pelve.
Trapézio: músculo mais superficial dos músculos da região posterior do tronco e do pescoço.
Úmero: é o maior e mais longo osso do membro superior. Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo.




Ana Laura e Verônica Bizinoto

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Registro da aula de 13 de Setembro de 2017 [Turma Y]


O foco dessa aula foi a percepção dos pés e como estes são importantes para o resto do movimento corporal.
Começamos com um exercício de sentir o pé usando um bastão de madeira e bolas pequenas em 2 níveis: a carne e as articulações, notando quais movimentos fazíamos com os objetos para senti-los, em uma primeira parte isso foi feito só com um pé e caminhamos pela sala sentindo a diferença entre o pé sensibilizado e o que não estava. Depois com as mãos percebemos os ossos dos pés tentando não atentar a definições cientificas de livros de escola, mas ao o que sentíamos com o toque. Cada um sentia uma quantidade de ossos diferente e ouve a colocação de que os ossos dos dedos subiam até se unir em um "todo ósseo".
Em seguida vimos alguns slides mostrando a parte oficial sobre os ossos do pé e conhecermos seus nomes oficiais

Foi colocado a necessidade de articular o pé, sendo o andar descalço, um bom modo de faze-lo. Vimos a diferença entre tendões (junção entre músculos e ossos) e ligamentos (tecidos conjuntivos entre as articulações dos ossos) sendo que algumas pessoas tem os ligamentos mais elásticos e nesse caso é necessário trabalha-los para fortalece-los.
Também foi levantado em aula, a dúvida sobre estalar os ossos e usando uma fonte de informações muito confiável chamado internet se tem a informação que o que ocorre ao estalar é uma pressão sobre o liquido sinovial que recobre as articulações, produzindo um vácuo nestes.

A última parte da aula foi um jogo de improvisação corporal, antes do início fomos atentados sobre a
importância de manter a atenção em nós mesmos para tanto manter os olhos fechados ou
semiabertos para evitar bater nos outros.
O improviso tinha como base o uso dos calcanhares e dos ísquios (também tivemos um exercício
para desperta-los) podendo usar o plano baixo, médio e alto, com o jogo podendo trazer outras
partes do corpo, mas sem esquecer dos protagonistas guias e com uma música servindo de guia para
quem se perdesse na proposta, sem preocupação com ritmo. Em seguida foi adicionado também o
púbis e o ato de empurrar o chão com o metatarso, aumentando a locomoção do quadril e do pé.

Matheus Barbuio e Valter (Arizona Colt)

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Registro da aula de 06 de Setembro de 2017 [Turma Y]



Iniciamos a aula sendo provocados a expor algum ponto interessante ou indagação sobre o texto lido: FELDENKRAIS, MOSHE. Consciência pelomovimento. São Paulo, Summus, 1997, p 19-42.
A discussão iniciou pautada pelos três fatores que que condicionam a auto imagem: hereditariedade, educação e auto-educação. Hereditariedade é a menos mutável das três, concordamos que este termo diz respeito ao fator genético. Concordamos também que a Educação imposta molda pessoas para que se encaixem em um padrão, e que todos temos histórias para exemplificar esta teoria, mas a grande atenção foi voltada para a auto-educação, que é quando assumimos as rédeas das nossas interações com o mundo, quando escolhemos agir e não só reagir aos estímulos.
Frequentemente apelamos para o uso de máscaras, “papéis” sociais representados por cada um de nós, a grande sacada da discussão aqui foi perceber que podemos usar as máscaras a nosso favor, e não como prisão.
Discutindo esta introdução entramos então no conceito de AUTO-IMAGEM, segundo o autor nossa auto imagem consiste de quatro componentes que estão envolvidos em toda ação: movimento, sensação, sentimentos e pensamento.
O auto aperfeiçoamento está ligado ao reconhecimento do valor de si, como citado na discussão tendemos a sorrir mais se elogiam nosso sorriso, A partir disso, nossas ações espontâneas deixam de ser espontâneas depois que tomamos consciência. Esta influência relacional pode ter um estímulo tanto positivo quanto negativo.
O retorno que nós temos do outro constitui nossa compreensão sobre nós mesmos, as relações de consciência corporal não se devem apenas às experiências obtidas pelo percurso da vida, mas também as dos acontecimentos do agora.
"Uma auto imagem completa envolveria plena consciência de todas as articulações da estrutura do esqueleto, bem como da superfície inteira do corpo – costas, lados, entrepernas e assim por diante; esta é uma condição ideal e consequentemente rara." (FELDENKRAIS, 1997, p 39).
Este conhecimento não é infinito, mas é aprendido durante a vida toda, afinal: nós moldamos o nosso corpo a todo momento.
 Obviamente para entender a discussão é essencial que todos tenham lido o texto, reforçamos também a importância de nos mantermos dentro do assunto pautado “para não falar de pulgas”.

O segundo momento da aula seguiu uma experimentação prática do reconhecimento do corpo e suas articulações:
1º Exercício: 
Música: “Tu não me mexe, Tu não me bole, que eu tenho a junta do meu corpo toda mole.”
Imagem relacionada

Começamos movimentando o corpo procurando perceber as nossas articulações sendo guiados pelo estímulo musical, tanto rítmico quanto textual.

Após conhecer a música e experimentar o pensar no corpo, em roda passamos a experimentar o reconhecimento das articulações e movimentos em partes específicas do corpo, tento início pelos pés que é base de nosso sustento, metatarso, maléolo, tornozelo, joelho, coxofemoral, púbis, ísquios, sacro, cóccix, coluna,  vértebras, caixa torácica, ombros, pescoço, cabeça.
Passamos para um exercício de descoberta e fortalecimento do assoalho pélvico e baixo ventre.
Após lubrificarmos nossas articulações, alinhamos a coluna, trazendo consciência para nossa postura, e retornamos para a música.
Ficou evidente que no segundo momento de música nosso corpo ficou mais maleável e articulações, anteriormente desconhecidas agora estavam em movimento.

Exercício 2:
                Passamos a uma segunda música "Cachoeira", coreografada como uma proposta de experimentarmos o corpo em movimento de forma descontraída e com as articulações despertas:


Dandhara e Luciano.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

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