segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aula: 02/04/2013

Oi, pessoas!
Na última aula tivemos 4 apresentações dos trabalhos individuais finais.
A primeira apresentação foi da aluna Isabella - eu -, que fez um paralelo entre a disciplina de Consciência Corporal e a de Hipnose, do curso de Psicologia. Primeiramente, comentei sobre o quanto gostei de ter cursado essa matéria e o quanto aprendi durante o semestre. Principalmente sobre arte. O quanto percebo muito além de um trabalho artístico, seja ator, seja pintor, seja cantor. Vejo o quanto de esforço e trabalho está por traz de uma encenação e valorizo ainda mais essa profissão. O quanto é difícil envolver um público e entregar-se a uma cena sem ser exagerado demais ou contido demais. Equilíbrio. Falei também das mudanças pelas quais passei ao longo do semestre, em como essa disciplina me ajudou a perceber muitos aspectos do meu próprio corpo que eu não percebia. E como ao mesmo tempo cursei a disciplina de hipnose, observei o quanto uma matéria complementa a outra.Ter uma visão mais completa sobre o próprio corpo e o corpo do paciente é muito significativo e importante na hora de um tratamento pela hipnose.
Para ilustrar um pouco desse aprendizado, realizei com meus colegas um exercício de hipnose com o intuito de relaxamento e entrega do corpo. Fiquei muito feliz ao ver o quanto todos realmente se entregaram para a atividade e gostaram da experiência. Recebi muitos comentários positivos na hora das notas e discutimos qual seria a importância desse tipo de exercício para o Teatro e da presença ou não de movimento naquela hora. Para mim, por mais que o corpo esteja completamente entregue e imóvel, há um movimento interno muito intenso. Acredito ainda que esse movimento seja de extrema importância para o teatro, para a dança, para a psicologia ou para qualquer profissão existente.
A segunda apresentação foi da aluna Tais. Ela começou falando que pensou em ser muito objetiva naquele trabalho e nas mudanças pessoais que ocorreram ao longo do semestre, principalmente em relação à postura. Tais comentou sobre as primeiras aulas, nas quais trabalhamos o enraizamento e movimentos com o quadril. Disse sobre o quanto achava esses exercícios chatos e dolorosos, mas com com o passar do tempo foi descobrindo novas formas de enraizar que diminuíam esses sentimentos. Dessa forma, foi mais fácil trabalhar com o alinhamento - no caso dela, o caimento do ombro direito. Ela notou também uma melhora nas formas de trabalhar membros superiores e inferiores ao mesmo tempo.
Para a atividade prática, Tais conduziu um aquecimento com a turma e propôs que colocássemos em prática movimentos aprendidos nas aulas, utilizando pés, mãos, braços, pernas, quadris e o rosto. Como se fosse uma revisão de tudo o que foi aprendido. O exercício trouxe para a maioria dos alunos uma boa experiência de recordar e praticar.
A terceira apresentação foi de Jéssica. Ela nos contou um pedacinho de sua história de vida. Em dezembro de 2012 passou por uma cirurgia e foram 6 meses de recuperação. Por causa da cirurgia, perdeu a sensibilidade externa de parte do abdômen, mas sentia muita dor interna. Não conseguia se sentar, já que não sentia a barriga e, ainda no hospital, não recebeu suporte de psicólogos ou fisioterapeutas. Sua recuperação foi um reaprendizado e Jéssica precisou de agarrar no que conseguia sentir. Ela falou também sobre sua identificação com um texto trabalhado em sala de aula, "A mulher desencarnada", que falava também dessa perda do reconhecimento do próprio corpo. Entrou para a disciplina muito insegura, mas aproveitou o que podia.
A última apresentação foi de Adriel. Ele contou que rasgou tudo o que havia feito até aquele dia dos trabalhos e fez uma apresentação um pouco improvisada. Falou sobre pensamentos, sensações e memórias, sentimentos que foram marcantes para ele ao longo do andamento da disciplina. Contou que as aulas relacionadas ao tórax mexeram com suas sensações e sentimentos e ele relacionou as aulas de consciência corporal com as aulas de jazz. Adriel disse que sua maior dificuldade na matéria era não repetir os movimentos. Tomando isso por base, propôs uma atividade: a turma deveria fazer movimentos que não estava habituada a fazer. Cada um deveria evitar os movimentos que tinham costume de fazer e tentar novos. A maioria da sala teve certa dificuldade em pensar nesses movimentos e trouxe em questão o medo: medo de errar, medo de acertar, medo de julgamentos. 
Abraços,
Isabella e Guilherme

2 comentários:

  1. Muito legal acompanhar como são as apresentações do pessoal do integral também, e vejo uma diferença entre o noturno por que pelo que li o integral focou muito no descritivo mesmo e não usou tanto de subjetividade para expor como nas cenas que acompanhamos no noturno.
    Gostaria de ter participado do exercício de hipnose. Parabéns a todos que apresentaram.

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  2. Pois é Célio, eu achei também muito interessante e criativo a forma que vocês do noturno abordaram a apresentação do processo.

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