Iniciamos a aula com uma
explicação detalhada de como seria nossa trajetória em relação a matéria de
consciência corporal, a explicação do caderno do EU e o caderno do NÓS. O
caderno do EU, onde vamos retratar nossas sensações, os pensamentos, a imaginação,
as emoções e as memórias (um diário de bordo individual) e o caderno do NÓS que
será o próprio blog, onde colocaremos alguns detalhes das aulas, explicando
todo o processo que tivemos durante as três horas e meia de aula.
Logo após a explicação do caderno
do EU e do caderno do NÓS, a professora Renata nos explicou como será nosso
processo de avaliação, os critérios, as notas e o modo de avaliação. (Está
detalhado no blog, na postagem de segunda-feira, 28 de setembro de 2015 feita
pela própria Renata.)
Depois de toda explicação fomos
para parte prática: andando pela sala, observando nossa postura, nosso jeito de
andar e nosso eixo. Depois exagerando, colocando o quadril para frente e para
trás, entortando o corpo, deixando a cabeça à frente do corpo ou empurrando
para trás etc. Depois de observarmos e experimentarmos posturas diferentes foi
feita uma roda, na qual apresentamos detalhes sobre a nossa própria postura, (eu
por exemplo, observei que ando muito com a cabeça inclinada para o lado direito
por causa do cabelo e também que ando olhando para baixo.) Foram feitos vários
questionamentos e esclarecidos pela professora Renata.
Começamos os exercícios de
"alertar o corpo", dando tapinhas por todo nosso corpo.
No segundo exercício tínhamos que
abrir os braços até aonde poderíamos ver as nossas mãos ao mesmo tempo, como o
nosso corpo em eixo viramos as mãos com o polegar “comandando”, sem resistir encolhemos
até onde que era confortável, chegando a esse ponto de conforto sortamos um som
grave e voltamos com as mãos com o mindinho no “comando” até o ponto de
conforto do nosso corpo ereto, nessa posição sortamos um som agudo.
No terceiro exercício com as
instruções de fazer um triângulo com o corpo (o ombro direito ligava no quadril
esquerdo e o mesmo com ombro esquerdo no quadril direito), esse triângulo era para fazer na frente e atrás do nosso corpo, com o fundo musical ajudando nesses movimentos, e cada vez mais
os alunos se soltavam, até que pareceu com uma dança. Logo em seguida o comando foi
para jogar o quadril todo de um lado só (direita, esquerda, pra frente e pra
trás) até cair, nesse momento dá-se uns passos para o lado para não se machucar
na queda.
Continuando o processo a professora
Renata propôs novamente o exercício das bolinhas (descrito no post do relatório
da aula do dia 14/09), ficamos deitados no chão e colocamos as bolinhas em
lugares distintos da nossa coluna e usamos a respiração profunda para chegar em
um estado de relaxamento. A impressão dos alunos nesse exercício é bem variada,
alguns sentem dores durante o exercício mas depois o resultado acaba sendo
completamente positivo e o corpo responde de maneira satisfatória.
O próximo exercício proposto pela
professora Renata foi de que a turma formasse duplas: o exercício propunha um
colega manipular a cabeça e a face do outro, respeitando e se entregando para o
colega. Feito esse exercício ficamos todos deitados no chão e foi colocado
algumas músicas e nós teríamos a liberdade de jogar no corpo o resultado do
nosso estado, sentimento e relaxamento.
Depois disso, para finalizar
fizemos uma roda de discussão, onde cada um em uma frase ou palavra descreveu o
exercício do dia.
No comentário você pode falar como foi a aula, o que achou, o que sentiu falta no texto por exemplo de um exercício, enfim esteja à vontade, esse é o nosso espaço.
Lara dos Santos Pires e Alisson Leal.
Quais eram os 5 "aspectos" da subjetividade que foram colocadas pela Renata?
ResponderExcluir• Sensação
• Imaginação
• Memória
• Emoção
• Sentimento
Brunabrumariano@gmail.com
ResponderExcluirSinto que brincar é importante, nos ajuda a expandir do nosso corpo, da nossa alma; através da imaginção conseguimos enxergar um novo mundo,e exergar no mundo a imagem de nós mesmos.
ResponderExcluirAtravés desse jogo de imaginação, aprendemos a perceber quem está ao nosso redor,criando um laço de empatia e complemento para se criar a sua identidade, pois o ser humano vive em constante processo de transformação e criação.
Esta aula foi especial para mim, a começar pela auto-percepção, auto-avaliação do corpo ao caminhar onde pude conscientizar de modo sistemático os pontos que tenho q trabalhar para melhorar minha postura e dinâmica corporal.
ResponderExcluirA triangulação do corpo, muito bem descrita pela Lara como 'ombro direito ligava no quadril esquerdo e o mesmo com ombro esquerdo no quadril direito', mais me lembrava um "X", um movimento africanizado de dança que meu corpo ficou muito feliz em explorar.
Concluindo, o exercicio da cabeça além de extremamente relaxante (quando recebido), foi também super interessante quando aplicado no colega, eu não sabia que uma cabeça pesava tanto! hehehe é de fato um trabalhão mantê-la equilibrada o dia inteiro, não é a toa que a minha pesa pra frente, mas estou trabalhando nisso, espero com as próximas aulas continuar elevando essa consciência a ponto de conseguir mantê-la no lugar certo :D
vlw gente, té+
Se não me engano, foi a partir desse dia que os espelhos foram tampados. A princípio, estranhei, mas depois fiquei alegre pela possibilidade de reparar meu corpo mais pelas sensações que dele vinham do que pela imagem refletida.
ResponderExcluirOutra coisa são os tópicos citados para serem explorados no caderno no eu, que possibilitam uma visão muito mais ampla das atividades, com uma atenção completa a todos os resultados que forem surgindo ao longo do processo.
Para mim, foi a partir dessa aula que tudo começou realmente, que eu pude entender um pouco melhor meu corpo e o funcionamento do mesmo, descobrir como ele funciona de dentro pra fora, ter consciência mínima dos movimentos do meu corpo. E que delicia poder solta-lo para trabalhar de forma instintiva e pensada ao mesmo tempo.
ResponderExcluirPor mais distante que as minhas extremidades se encontram, elas fazem parte de um mesmo corpo e estão incrivelmente ligadas. O exercício de manipular a cabeça do outro foi maravilhoso e muito importante paras as percepções, deixou a minha pele mais sensível e minha mente mais espertas para entender como e onde estava sendo tocada.
O ser tem que está disposto a explorar o estranho em si. Nessa aula como as outra é o descobrimento do próprio corpo, partes deles que movimentamos, mas não damos a devida atenção para eles, para o ator isso é essencial, conhecer o seu material de trabalho que é o corpo, as suas limitações, a sua expansão, enfim todo o conhecimento é importante. A confiança no seu colega é outra parte importante para o ator.
ResponderExcluirComo é bom essas aulas mesmo que até essa eu não tinha me soltando 100% mas pode absorver muitas informações, os exercício do ligar os pontos formando um triangulo é perfeito para ter uma noção maior do nosso corpo, como ele é flexível, como ele é mutável.
A importância da avaliação do professor em relação ao desenvolvimento do aluno é muito importante em qualquer que seja o curso. Não podemos questionar a importância de estar sempre avaliando o desempenho e esse papel não cabe apenas ao professor. A proposta da Renata do caderno do EU e o caderno do NÓS é uma proposta ideal para percebermos a nossa evolução e a da turma.
ResponderExcluirNessa aula tivemos a oportunidade de observar a nossa postura e analisar se tínhamos um desconforto ou algo que não parecesse comum. No dia a dia quando estamos andando, as vezes não percebemos algumas coisas que acontecem com o nosso corpo e principalmente a nossa postura.Fizemos toda uma análise com a turma para buscar entender essa questão.
Algo que pude observar e me chamou muita atenção, foi que nessa aula os espelhos da nossa sala foram tampados. Nós as vezes nos preocupamos muito com o belo e quando nos prendemos a essa proposta acabamos nos limitando a alguns exercícios.
É curioso a forma como as pessoas se preocupam tanto com a opinião da sociedade, os padrões que ela impõe. Nesta aula, pudemos perceber como é difícil o simples ato de caminhar, fizemos uma análise individual, posteriormente, em roda, fizemos uma discussão sobre o que cada um observava na postura do parceiro de exercício. Foram variadas as formas “certas” e “erradas” de cada um.
ResponderExcluirSerá mesmo que existe uma forma certa de se fazer um movimento? Uma forma errada? Uma vez que, cada um possui um corpo diferente? Levamos em questão toda essa experimentação durante o exercício.
Os espelhos da sala nesse dia foram tampados, o que permitiu uma melhor reflexão de cada um. Se faz necessário a observação sem procurar ser perfeito, sem querer ser belo, sem querer ser interessante. O nosso corpo é tão nosso, tão íntimo que precisamos nos esconder atrás de padrões que desnecessariamente nos faz sentir um pouco mais aceitos e corretos.
O significado desta aula vem cada vez mais se reafirmando. Desta vez o conhecimento do corpo veio através do exercício de improvisação de movimentos que realizamos, mas com uma diferença, não paramos na etapa do reconhecimento de nossos corpos, mas avançamos para o descobrimento de novas possibilidades de movimentos.
ResponderExcluirCriação de movimentos, novos deslocamentos, trocas de pesos, impulsos, apoios...
Após a improvisação conversamos um pouco e percebemos também a grande influencia dos estímulos dados pela professora ou que o próprio ambiente nos traz. Estímulos como a música, a percepção dos colegas que contribuem (muito) com o imaginário e para essa jornada de autoconhecimento.
Ana Vitória Nogueira
"Escrever para se desintoxicar, sucatear idéias, muitas vezes entrar
ResponderExcluirnuma fria e malograr. Para aprender a tensionar o discurso e
desmanchar-se em lágrimas, sem que o gesto pareça sentimental. Para
recepcionar um corpo sofrido que pede socorro e espaço para viver."(pág.9. SEQUEIRA, R.P.)
Essa aula eu não participei, contudo em outro semestre passamos por esse processo de observação do corpo, do caminhar, postura, ombros e a relação com os quadris e o posicionamento dos pés. Essa reflexão do caminhar me remete a memória das pessoas que reconheço de longe apenas pelo forma de andar. O que me leva a crer que as pessoas tem formas de andar, mexer com as mãos... e estas formas fossilizam. Inevitavelmente diminuem a intensidade e a força com o tempo. Dessas formas podemos imaginar nasce os 'tipos'. O vovô com dificuldades para caminhar, ou o malandro com seu gingado, a garota vaidosa e seu caminhar delicado.
Nessas observações tentamos encontrar nosso eu. Descobrir nossas formas. Que de tão rotineiras, cotidianas e mecanizadas acabam tornando nosso jeito. Meu Eu. Como se fosse um caminho sem volta. Mas assim observando-nos para no encontro com nossas formas hoje, (re)descobrir que somos mutáveis. Observar e interagir com o outro para no outro descobrirmos El@ e Eu. E então, nós.
Nesta aula,vejo que houveram varias indagações a respeito do caderno do Eu e o caderno do nós,visto que fazemos o processo em grupo,mesmo que cada um absorva do seu jeito,na maioria das vezes queremos comentar e falar o que sentimos nos exercícios propostos,e na maioria das vezes o grupo como um todo se identifica com as dores,prazeres e sensações no geral,acredito que por isso seja tão difícil falar de "nós" sem tentar abordar o "eu". Isso fica bem explicito nos relatórios descritivos das aulas,onde,ao le-los podemos reviver as experiencias.
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