Aula de apresentação dos processos contextualizados nos
textos estudados durante o semestre, iniciado hoje pela aluna Bruna.
1º Processo (Bruna Mariano)
Ela entra com uma capa de chuva amarela e fronha na cabeça,
impedindo assim que se tornasse irreconhecível, que foi o seu signo para
descrever como ela se sentia antes deste processo. Começa a despir-se, como foi
descobrindo seu próprio corpo. Ressaltou na sua fala uma citação: “Viver é afinar o instrumento de dentro para
fora, de fora para dentro”. Segundo a professora Renata o foco da sua
apresentação foi a “Personalidade Expressa” de representação.
A imagem de uma floresta projetada acima de um rodapé de
velas brancas, foi o cenário para expandir-se a partir de movimentos baixos e
prevalecendo movimentos giratórios. Na sua fala anuncia que começou o processo
pela dor; conta fatos da sua infância; a relação da aparência física com a
opinião estética trouxe referências pessoais da aluna. Segundo a professora
Renata o foco de sua apresentação foi um resgate. Para encerrar a apresentação,
a aluna propôs que todos ficassem em círculo com a turma e propõe a brincadeira
“corre cotia”.
Iluminado por velas ao fundo, e uma espécie de altar no
centro, refletiam-se na longa saia branca rodada, para adentrar nos movimentos do
balé clássico seguido de movimentos da dança afro, mesclando giros clássicos
com giros de cultura popular. Segundo a Renata sua proposta é alegrar, tem ares
festivo. A frase utilizada pelo aluno ficou bem marcado durante a apresentação
do seu processo: “Não é preciso ter asa para voar, é preciso conhecer bem o
chão, porque se um dia você cair é ele quem vai te acalentar. ”
4º Processo (Alisson Leal)
Rosto pintado branco e preto, inicia lendo um texto com
fundo musical. O aluno fez várias variações de quadros cênicos onde descrevia
em como foi todo o seu processo e a dificuldade que tem em lidar com seu corpo.
Ao final houve um compartilhamento de fatos vividos em sua vida. Algumas frases
ficaram marcadas na apresentação do seu processo: “ Meu corpo é um vaso que
quebra mais que pode ser reaproveitado. ”, “Aprendi que o toque nem sempre é a
malícia, o toque pode ser gentil...”. A professora Renata fez algumas
colocações sobre o trabalho do aluno dizendo como foi expressivo e forte, uma espécie
de melodrama na escolha estética que se mistura com o hiperdramático do seu
corpo.
O compartilhamento do processo começou com as luzes apagadas
e a aluna pendurada em uma grade, ao descer ela recebe uma bola e começa a se
despir mostrando alguns imobilizadores que utilizava quando fez cirurgia em
seus joelhos. Seguido de gestos e movimentações a aluna começa a se despir, ao
dizer um texto é proposto que pintassemos o seu corpo com algumas tintas
dispostas pelo cenário. A professora Renata sugere a leitura de textos sobre o
uso da Educação Somática após traumas causados por acidentes e como esse corpo
uma vez lesionado pode ser trabalhado.
6º Processo (Bruno Marcitelli)
A apresentação começou com uma espécie de ritual, em
movimentações circulares o aluno traz em seu corpo gestos de
culto a máscara, onde houve uma interação bastante expressiva e viva. Ao final,
Bruno explica que a performance faz referência de como atualmente nosso corpo é
atravessado pela tecnologia.
7º Processo (Keila Machado)
Foi extremamente sensível a apresentação da aluna, com uma
roupa preta que marcava bem o corpo (algo que ela mesmo dizia a incomodar), a
aluna fazia uma força contraria a parede mostrando tônus muscular e fazendo
variações de movimentos ainda na parede. Logo depois, ela virava para o público,
agora serena, segura de si. A música escolhida dizia muito sobre os incômodos vividos
pela maioria: “Quando você tira a roupa algo se revela...”. A professora Renata
explica que é interessante a forma como a aluna utilizou a parede, e que um de
seus exercícios é justamente fazer com que o aluno empurre as paredes, com
todas as partes do corpo para ganhar tônus.
Texto: France Nete e Gleison Santos
Fotos: Aryel Costa
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