segunda-feira, 11 de junho de 2018

Aula 07/06 - DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS



Demonstração Individual, 07/08/2018

Hoje foi o primeiro dia das demonstrações individuais, o encontro ocorreu na Sala Encenação, do bloco 3M. Todos pegaram suas cadeiras, sentaram em meia lua para assistir 6 demonstrações individuais, sendo os participantes: Rafaela, Gabriela, Carla Beatriz, Roger, Daniela e Eduarda. Descreveremos ao decorrer do texto a ação de cada um deles.


1° DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL: RAFAELA

Primeiro ela pediu para que todos ficassem de pé e pediu um voluntário, que foi a monitora Thaísea, com ela fez um exercício de respiração. Pediu um segundo voluntário que foi o Lucas, com ele fez alguns exercícios para trabalhar as articulações, começando dos pés até a cervical. O terceiro voluntário que foi a Cassia, com ela trabalhou a voz. No final, Rafaela disse que o fato de todos estarem de pé foi tudo uma brincadeira, a intenção era apontar o nosso foco para o posicionamento do corpo de todos que estavam assistindo a sua apresentação. Percebemos que estávamos todos “largados”, e que fomos nos “consertando” (se alinhando e distribuindo o peso corporal) à medida que ela olhava. A busca de uma postura correta é uma busca constante no cotidiano de Rafaela. Ela estava muito descontraída na sua apresentação.

Professora Renata levantou ideias sobre a demonstração, trazendo a discussão para turma a respeito de carregar mochilas pesadas nas costas. Duda aprovou a proposta criativa de Rafaela, disse que as pessoas ficaram participando mesmo de fora e que a dinâmica foi boa.


2° DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL: GABRIELA

Primeiro ela cumprimentou a turma e começou a comentar sobre as aulas. Ela disse que achou interessante o começo das aulas que trabalhamos o corpo todo e depois tivemos focos em áreas do corpo. Disse que na aula sobre o pé, que começamos massageando o pé e contando os ossinhos do mesmo, não a agradou, porque o pé não a agrada muito. Ela lembrou que depois trabalhamos o rosto e depois o joelho, e que a aula de joelho ela gostou muito. Gabriela aprendeu que o joelho não pode ficar esticado e nem flexionado (fazendo base por exemplo), que ele deve ficar “solto”. Ela tem a tendência de ficar com ele “torto”, pois tem problema no joelho. Então ela está trabalhando o descondicionamento gestual, por exemplo em filas, quando está em pé parada... Ela disse que tem problema no joelho e que descobriu um exercício interessante: ela fica sentada, com a mão no joelho e levanta a perna; nesse exercício sente como se fosse uma areia no joelho, o que na verdade é a cartilagem que vai “corroendo”. Ou/e também sente o joelho estralando. Gabriela fez outro exercício sentada com o pé no chão e a perna em ângulo de 90°, levantou os dedos do pé e girou o pé com o calcanhar no chão, quando girou para dentro o joelho ficou na posição correta, ele ficou alinhado.

Nesse exercício com a mão no joelho ela sentiu a TATI (tuberosidade anterior da tíbia) mexendo. Gabriela fez um último exercício no chão, com as costas no chão, as pernas viradas atrás da cabeça e as pontas dos pés no chão “andando” de um lado para o outro. Esse exercício trabalha alongamento de toda a parte posterior do corpo, como as costas e alongamento de pernas. Quando move os pés também promove o alongamento lateral do corpo.

Lucas comentou que quando fazia luta ele lesionou o joelho, teve acompanhamento e começou a se perceber no movimento que fazia errado, passou a fazer certo e melhorou da lesão. Ele demonstrou o golpe. Marcos comentou que é sempre bom ouvir os colegas, que ele ficava muito na posição de base (joelho flexionado) e agora está ficando com o joelho solto. Daniela comentou que aprendeu a ficar em “base” com outros professores de teatro. A Professora Renata disse que são coisas diferentes, que na posição de base (joelhos flexionados) ganhamos estabilidade e temos facilidade em soltar as costas e estamos numa posição de esforço para entrar em ação. Já a que estamos falando é da posição de alinhamento do joelho, que assim como a respiração vai depender do que estamos fazendo, por exemplo se estamos dormindo, correndo ou cantando será uma respiração diferente. O errado é sempre fazer igual em todas as situações. A Professora Renata posicionou o pé da Gabriela para alinhar o joelho.

Cássia relatou que há um tempo atrás caiu de cavalo e lesionou o joelho, que nesse joelho ficou um “gordinho”. Nos contou que uma vez o joelho dela virou, que sua avó teve que fazer “massagem” para o joelho voltar para o lugar e que teve muita dor nesse dia. Ela reparou que em festa ela não mexia o quadril e sim o joelho, como no dia em que seu joelho virou. E que quando ela realizou um dos exercícios que a Gabriela fez, sentiu areia e o joelho estralando, apenas no que foi lesionado.

Renata ensinou que para que o joelho fique solto deve fazer um movimento “redondinho” nele. No final a Gabriela sentou no chão de forma errada, estralando os joelhos muito forte, demonstrando o que não se deve fazer, todos riram.


3° DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL: CARLA BEATRIZ

Iniciou sua demonstração falando sobre a Educação Somática e do seu pé chato que a prejudica em todo o alinhamento de seu corpo. Contou que tem feito exercícios no pé e demonstrou alguns deles, sendo:

 Com um pano: recolhendo com os dedos do pé todo o pano até o calcanhar;
Com bolinhas de gude: recolher as bolinhas com os dedos do pé e colocando em um copo;
Com “borracha de tirar sangue”: movimentos de rotação interna (5 séries em cada pé); 
Nas pontas do pé: 10 séries de 15 segundos.

Renata disse que esse trabalho que a Carla tem feio é um trabalho de musculação/fortalecimento. Amanda perguntou se ela já viu resultado, Carla disse que tem pouco tempo, mas que já senti menos dores nos pés, na coluna e que a curvatura do pé deve aparecer com o tempo. Thaísea disse que ela usou muitos termos técnicos, mostrando a função da teoria na prática. Marcos também comentou dos termos usados por ela, e que a Gabriela usou mais as palavras dela.


4° DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL: ROGER

Primeiro ele cumprimentou a turma e disse que iria fazer uma representação baseada nas aulas práticas e utilizou a música Encontros e Despedidas, interpretado pela cantora Maria Rita. A representação dele foi demonstrando como ele chegou no começo do semestre até o que está desenvolvendo atualmente nas aulas, foi uma representação pessoal de suas capacidades. Ele mostrou como chegou, com os ombros caídos, demonstrou os exercícios “dançando” e interpretando a música, mostrando sua evolução ao longo do processo. Ele já aprendeu a posicionar melhor o corpo.

Roger contou que também está fazendo academia, que esse conjunto academia mais aulas têm o ajudado muito. Sua representação foi muito poética e emocionante, ele disse que utilizava de um exercício da aula e construía a coreografia na música. Que na aula de máscaras ele não conseguiu desenvolver as máscaras no espelho, que ficava rindo, mas trabalhou em frente ao espelho em casa, assim saiu o conceito de representação e ele deu espaço para um personagem que ele não conhece.

Marcos disse que achou única a representação e que gostou muito. Cassia achou muito poética, viu tudo que a Professora Renata ensinou nas aulas, como enraizamento, projeções.... Afirmou que ficou encantada com a representação. Thaísea perguntou se ele já fez dança, ele contou que já fez dança de rua.  Lucas perguntou se a representação foi improvisada, Roger disse que um pouco sim, que durante as aulas chegavam momentos que ele perdia o movimento, “vinha” um movimento repetido e o que ele mostrou hoje foi diferente do que ele treinou em casa.

Professora Renata comentou que quando “vem” o movimento repetido, que ele pode ser usado. E que quando não conseguir sair de um padrão, deve-se entrar fundo e explorar, desenvolver, encontrar poética, até esgotar esse padrão. Quando se descobre o que movimento significa, ele para de ser padrão e vira material poético, por isso devemos mergulhar ao invés de sair, “sair por dentro”.

Guilherme disse que ele fez a união de tudo, que trouxe um histórico, buscou na música referências da música, não ficou só no conceito, mas também em um caminho artístico. Bruno comentou que ele trouxe movimentos que aprendemos nas aulas, pegou a técnica e transformou em obra. Renata concluiu que a poesia emociona, que Roger trouxe tudo com clareza e usou com propriedade o termo representação.


5° DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL: DANIELA

Ela começou dizendo que iria fazer uma representação de um dos momentos que mais gosta da aula, quando apaga a luz e inicia a música, e que iria mostrar o que aprendeu. Utilizou a música “Ponta de areia”, de Milton Nascimento e fez sua representação. Daniela “entrou” na música e mostrou fluidez. Ela contou que planejou na cabeça o que iria fazer, mas deixou para improvisar na hora. Karine disse que ela mexeu muito as articulações. Rafaela disse que o movimento se expandiu pelo espaço.

Daniela comentou que seu plano de ação partiu da metáfora para as aulas: “lagarta que vira borboleta”. Domínio do corpo como artista, que sai do casulo e volta para ele quando necessário.


6° DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL: EDUARDA

Iniciou comentando que faria algo mais introspectivo, que estava passando por uma semana turbulenta, que ela tem ansiedade, que estava muito sensível e passando por problemas pessoais. Que ela poderia falar sobre oposição de vetores ou educação somática, mas que não estava com humor para isso. Contou que ficou “fritando” sobre o que iria fazer na demonstração individual até uma hora antes da aula. Ela disse que encontrou uma pessoa que lhe ajudou na montagem da sua demonstração. Colocou a música e começou, a música tinha barulhos de água.

Na sua demonstração, começou pelas articulações e foi deixando a música “entrar” nela. Trabalhou o corpo todo em vários níveis e terminou no chão. No final da demonstração, comentou das coisas que pensou, uma delas foi uma metáfora do Mito da Caverna de Platão com o que aprendeu nas aulas, que ela achava que sabia, mas não sabia sobre o conhecimento corporal. Que com aulas foi tendo a compressão de alguns problemas que tinha, como: postura, que caía muito, dores na lombar...

Renata disse que com o improviso da última aula tentou ajudar na criação das demonstrações e pediu para Duda contar sobre o seu plano de ação. Duda disse que não tinha um plano de ação, que é muito ansiosa e que encontrou uma pessoa que teve paciência de anotar tudo o que estava na cabeça dela, que a fez perguntas e isso a ajudou a montar a sua demonstração. Ela contou que escolheu a água, da música, porque a água é mutável, mostra leveza e tranquilidade. Que explorou mais o nível baixo porque é o que mais se sente confortável. Ela concluiu que tem necessidade de ser reciproca.

Guilherme disse que primeiro ela deve pegar essa experiência e escrever um livro, pois inventara um processo criativo. Segundo que ela foi reciproca com a professora e que todos aprenderam muito, que hoje em qualidade a gente se conhece muito mais. Que ela e a Daniela sabiam o que estavam fazendo, mesmo sendo improviso, que tinham muita percepção corporal. Carla Beatriz comentou que Eduarda mostrou seus sentimentos com consciência corporal. Amanda comentou que a apresentação a ajudou a organizar a dela. Roger disse que a demonstração lhe surpreendeu.

Renata comentou que a demonstração da Eduarda teve qualidade de introspecção, que teve uma presença emocional muito intensa, que conseguiu prestar a atenção no seu corpo inteiro e isso cresce o olhar de quem está vendo. Comentou também que os movimentos da demonstração não são os movimentos recorrentes das aulas. Que na demonstração a Eduarda quis mostrar o que estava sentindo e que ela tinha visão no seu próprio corpo.  Concluiu que cada um fez uma demonstração de um jeito, que a demonstração é do processo de cada um, por isso nenhuma é igual.

Relatores: Anna Karla e Bruno Oliveira

Um comentário:

  1. Interessante os detalhamentos da aula Bruno e Anna Karla, seria legal também incluir algumas dicas que a Professora Renata deu durante as apresentações;tais como: processo da avaliação (como avaliar os alunos, a dificuldade do posicionamento do professor diante a aplicação de uma nota etc...), a participação (comentando o trabalho dos colegas após a apresentação), a importância da colocação do seu conhecimento por base nas leituras durante a sua demonstração individual, etc....
    Contudo, muito bem observado cada detalhe e atividade que ocorreu durante o processo de cada participante. Parabéns!

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