Alongamento x Aquecimento

Texto copiado na integra do Blog Bolshoi Brasil(Disponível em: http://goo.gl/el0iyr):

O alongamento é largamente utilizado como parte do processo de aquecimento nas mais diversas práticas de atividade física, geralmente com três objetivos principais: aquecimento geral, meio para evitar lesões e meio para melhorar a performance esportiva. Diversos autores e profissionais recomendam o alongamento baseados na premissa de que esta prática acarretará aumento na flexibilidade que, por sua vez, diminuirá a incidência de lesões.

Muito embora o alongamento esteja profundamente ligado nas mais diversas áreas da educação física, trabalhos recentes vêm apresentando resultados que contestam os supostos benefícios atribuídos à sua prática. Alguns estudos, inclusive, mostraram diminuição na performance muscular após alongamento estático (parado). Por esta razão, muitos autores não recomendam a realização de alongamento no aquecimento para provas que requeiram força e potência muscular.

Há também trabalhos que demonstraram que o efeito do alongamento estático sobre a flexibilidade quando é realizado por períodos de 20 a 30 segundos não difere dos efeitos do alongamento realizados por tempos maiores. Baseados neste achado, autores como Alter recomendam a realização de alongamento por um período máximo de 20 a 30 segundos durante o aquecimento, para que não haja prejuízo no desempenho do atleta, porém não explica qual seria o efeito de tal prática. Já outros autores afirmam não haver efeitos fisiológicos quando o alongamento é realizado neste intervalo de tempo.

A ideia principal por trás da prescrição de alongamentos é que um músculo mais flexível tem menos chances de se lesionar. Entretanto, pouca literatura disponível demonstra que um aumento na flexibilidade está associado a maior capacidade de absorver energia. Além disso, vale lembrar que a maioria das lesões ocorre durante contrações excêntricas (tipo de contração muscular no qual os músculos encurtam durante a geração de força) dentro de uma amplitude articular normal.

Então avaliando vários estudos conclui-se que o alongamento estático e o aquecimento são procedimentos distintos, e não devem ser empregados como sinônimos de uma mesma prática. O aquecimento causa diversas mudanças no organismo, entre elas aumento na temperatura muscular e maior recrutamento neuromuscular, fatores preponderantes para melhora na performance e diminuição na ocorrência de lesões.

Já o alongamento estático não parece causar nenhum efeito que melhore as condições musculares para a prática da atividade física, já que seus efeitos, quando ocorrem, são agudos e de pouca duração, além de existir pouca comprovação científica de que ocorra mudanças viscoelásticas em longo prazo. Parece não haver estudo na literatura que comprove que a realização apenas de alongamento estático é capaz de evitar lesões, pois todos os trabalhos utilizam pelo menos algum outro tipo de intervenção. Acrescente-se que o alongamento, quando utilizado sozinho, interfere negativamente sobre as propriedades mecânicas nas fibras musculares e sobre o input neural, causando uma diminuição na produção de força pelo músculo quando o esforço é realizado imediatamente após o alongamento.

Logo, é importante que ambos os termos sejam definidos clara e objetivamente. Uma das únicas mudanças crônicas causadas pelo alongamento, o aumento da amplitude articular, não é um fator definitivo na diminuição de lesões, já que o nível ótimo de flexibilidade de um indivíduo está diretamente ligado à modalidade praticada, isto é, muita ou pouca flexibilidade contribui da mesma forma para o aumento de lesões. Apesar de o alongamento ser capaz de diminuir, em alguns sujeitos, cerca de 5% o risco relativo de lesões musculares, sua eficácia em valores absolutos sugere que um indivíduo deveria se alongar por 23 anos para evitar uma única lesão.

Portanto galera fica evidente que o alongamento estático praticado no pré-exercício (antes do exercício) não é responsável pelos efeitos atribuídos à sua prática, sendo inclusive prejudicial na produção de força em algumas situações, não sendo útil, portanto, para integrar um protocolo de aquecimento. Assim o aquecimento propriamente dito, por provocar as alterações fisiológicas supra destacadas, é mais eficiente na melhora da performance muscular e diminuição de lesões.

Fonte
Blog - Bolshoi Brasil
Autor: Prof. Guto - Instrutor de Ginástica - ETBB
Disponível em: http://goo.gl/el0iyr
Acesso em: 07 de Setembro de 2015

Minha visão geral a partir do texto e da aula:

Durante a aula, a professora Renata pediu para a nos alongar e depois aquecer, fiquei em dúvida sobre  qual seria a diferença entre os dois termos.  Quando ela pediu para que a gente escrevesse qual era a diferença, escrevi que os dois eram a mesma coisa, mesmo sem saber, portanto decidi que pesquisaria sobre isso para postar no blog.

Descobri que são coisas distintas, porém importante para o ator. O aquecimento é mais geral, para aquecer a musculatura do corpo, tem o objetivo de aumentar, de forma gradativa, a intensidade da atividade a ser realizada, além de auxiliar na movimentação do corpo durante a atividade e evitar lesões. Já o alongamento é mais  localizado e mais específico, tem como objetivo alonga e da flexibilidade ao musculo, o que proporciona um melhor desempenho e movimentos mais eficientes e precisos.

Concluindo, acredito que alongar e aquecer seja importante para um ator pois irá auxiliar na realização de certo movimento enquanto atua sem sentir incômodos, também ajuda na concentração para a prática de alguma atividade. Além disso, há benefícios de longo prazo, ao passo que o alongamento ajuda na correção da postura e evita lesões.