sábado, 5 de maio de 2018

Aula: 03 de Maio de 2018

Começamos a aula em roda, na sala de Interpretação. A profª Renata pediu para que cada um escolhesse um no lugar no espaço para trabalharmos individualmente as articulações, segundo seus comandos.

Feito isso, ela nos orientou a trabalhar por etapas, a começar pelo crânio, estimulando os músculos da face através de máscaras, relembrando os exercícios de aulas anteriores. Em sequência articulamos também o pescoço, escápula, ombros, clavículas, braços, punhos, costelas, vértebras, ossos pélvicos, articulação coxofemoral, joelhos e pés.

Foi colocada uma música como estimulante e fomos instruídos a escolher uma única articulação para trabalharmos o movimento, depois duas, três, quatro e então de forma livre.

A luz foi apagada e a experimentação continuou. Agora sem música, deveríamos trabalhar o movimento provindo das vísceras, tudo precisava surgir a partir de onde se concentram os órgãos. Um último comando foi dado, liberar sons juntamente com a movimentação visceral.

Nesse primeiro momento o exercício tinha três funções:

  • Liberar líquido sinovial para a lubrificação das articulações;
  • Memorização dos movimentos;
  • Aquecimento corporal em geral.


Ainda com a luz apagada, aos poucos voltamos para a roda. A profª nos falou para apenas ouvirmos a música que seria colocada.

As luzes foram acesas e nos foi explicado que a música era um diálogo cerimonial, feito pelos índios Yanomami de Roraima, com adaptação e arranjo de Marlui Miranda, vocal também de Marlui, juntamente com Gilberto Gil.

Link para acesso:

https://m.youtube.com/watch?v=CQ_MRj_aniQ

Após o reconhecimento da música, aprendemos como o som é liberado durante o diálogo: usa-se o apoio abdominal e a respiração diafragmática (imagem abaixo), o ar é liberado a cada sílaba com um "ataque", na contração rápida do abdômen.

https://www.google.com.br/amp/s/saude.umcomo.com.br/artigo/como-fazer-respiracao-diafragmatica-21676.html%3famp=1

A profª Renata pediu para que, individualmente, a turma escolhesse e decorasse três daquelas sílabas (caso quiséssemos poderíamos também inventá-las), com a maior variação de sonoridade possível. Exemplo de sílabas contidas na música: are, yõ, awi, ãna.

Logo após, fizemos um corredor de duas filas, uma pessoa de frente para a outra, para treinarmos um diálogo com essas palavras. Ñaumu foi colocada para que o nosso diálogo pudesse acompanhar seu ritmo.

Como o exercício requer muito esforço, muitas pessoas reclamaram de dor abdominal e até mesmo na lombar. Para aliviar a dor, fizemos um exercício de relaxamento, com os joelhos flexionados, "enrolamos" e "desenrolamos" a coluna a partir dos ísquios.

Tivemos dez minutos de intervalo.

Ao retornar do intervalo, sentamos em roda e foram distribuídas folhas, todas com um texto (Rumores Discretos da Subjetividade, Rosane Preciosa, pg. 25 e 26) enumerado de 1 à 3. Para a leitura, cada pessoa ou dupla deveria ler um fragmento em voz alta. Um texto por vez, seguindo a enumeração.

Feito isso, entendemos e discutimos a leitura. Fazendo comparações e aproximações com leituras anteriores, linkamos o texto de Rosane Preciosa com o de Oliver Sacks (A Mulher Desencarnada), sendo o último a atividade de leitura que havia sido proposta para essa aula.

Ao final da discussão, fomos liberados.

Karine Fernandes Gonçalves

Um comentário:

  1. Não consegui fazer o "Diário do Eu" após a aula, logo, não lembrava totalmente das atividades feitas em sala, com sua postagem, Karine, pude não só lembrar das atividades mas também perceber certos detalhes que passaram despercebidos. Muito completo!
    MARCOS PAULO PESSOA MONTEIRO

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