terça-feira, 27 de novembro de 2007

O poder da EUTONIA!!!

Após a leitura de Eutonia de Berta Vishnivetz cheguei à conclusão que a professora Renata é uma grande eutonista! Eutonia é o desenvolvimento das sensibilidades do corpo, através da atenção às sensações, buscando a ampliação da percepção e da consciência corporal. O eutonista realiza um trabalho de “inventário”, que é orientar a pessoa a ter atenção devida a cada parte do seu corpo.
O texto nos atenta também para a importância do estímulo tátil na 1º infância, uma vez que a carência dele pode levar a uma desordem de personalidade ou a uma deficiência nas relações com os outros, até mesmo desordens de conduta e algumas doenças.
Como podemos perceber, o tato é muito importante. Mas um ponto que me deixou em dúvida, é que a autora chama de tato, o ato de sentir com a mão. Mas tato é só mão? E o pé que descobre outro corpo, e as costas que se encostam e se sentem, e a cabeça que acaricia uma barriga, e a língua que toca delicadamente um pescoço (nesse caso sem ser paladar) despertando um arrepio, isso não é tato?
No texto a autora ressalta a diferença entre tato consciente e estímulo mecânico, o primeiro é um estímulo consciente, “amoroso”, de um ser humano para o outro. O último é apenas um corpo tocando como máquina outro corpo, friamente. E é sabido que o toque “bem feito” reduz estresse, tensões físicas e psicológicas, relaxa, aprofunda e estreita relações.
A eutonia também pode se dar dentro do espaço interno do meu corpo, através de um trabalho profundo sobre pele, articulações, ossos e órgãos internos. Se eu tiver consciência, explorar, aguçar meus sentidos e me concentrar no meu corpo, posso descobrir espaços antes não sentidos ou desconhecidos por mim. Um exemplo claro do que citei foi minha descoberta dos ísquios (a porção dorsal inferior do ilíaco) recentemente nas aulas de Consciência Corporal, se a professora Renata não tivesse orientado uma atividade induzindo a percepção dos mesmos, talvez passasse minha vida inteira sem saber da existência deles. Renata me fez ter contato com meus ísquios.
E como o próprio texto nos mostra, “o contato é um fenômeno muito comum na nossa vida cotidiana”. Através do contato consciente, aumentamos nossa comunicação corporal. Tato, ao contrário do que Berta diz ser: apenas o ato de sentir com mão, para mim é o sentido com o qual percebemos as sensações de contato. Logo, uso meu tato para fazer contato (comunicação, conexão, interação) comigo mesma e com o outro, que não significa apenas outra pessoa, mas pessoa, animal ou objeto.

(ALESSANDRA RAMOS MASSENSINI)

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