sábado, 12 de janeiro de 2013

O que aconteceu no "Jacá" da aula?


  Fim de férias! É hora de voltar aos trabalhos. A retomada das aulas já começa bastante agita ao som do tambor e muita mexida de quadril.
   A aula que aconteceu na ultima segunda-feira (07/01/2013) não foi ministrada pela professora Renata Meira, mas a Renata não iria deixar a turma ir embora sem arrancar muito suor. A monitora Ana Paula Botelho ficou a cargo de conduzir as dinâmicas, na qual o quadril foi o foco de conhecimento e estudo.



  Começamos deitando no chão a fim de notar as sensações e a posição do corpo antes dos trabalhos com o quadril. Logo após, sentamos no chão para sentir o ísquio (Osso que constitui a zona inferior do quadril e que apoia o corpo quando estamos sentados). Foi entregue duas bolinhas (Bolinhas mágicas) para cada aluno, e foi proposto que inicialmente fosse colocado as bolinhas na parte inferior do ísquio (sentido aos pés) e em seguida trocadas para a parte superior do ísquio (sentido cabeça). Após os movimentos e a pressão exercida no ísquio, retiramos as bolinhas e deitamos novamente no chão para registrar a sensação do “novo” quadril. Foram vários os relatos referentes às sensações, alguns sentiram dor, outros acharam aquela sensação agradável.



  Com o quadril mais relaxado, foi proposta uma dinâmica em duplas, na qual a dupla deveria focar no mesmo movimento para se sair bem no jogo. Descrição da dinâmica:
  1. Sentar no chão e apoiar as costas um no outro.
  2. Criar estabilidade e equilíbrio apenas com o apoio das costas.
  3. A dupla deve levantar sem o apoio das mãos, utilizando apenas as costas do outro como apoio.
  4. Já de pé, a dupla deveria repetir o movimento, só que dessa vez deveriam sentar e continuar com o apoio das costas do colega.
  5. Trocar de parceiro e tentar novas sensações.

Observação: Após varias tentativas e muitos tombos, todos se encontraram no jogo.


  Continuando com o parceiro, partimos para uma nova dinâmica, e dessa vez as duplas receberam um saco (Com abertura nas extremidades). Esse primeiro exercício necessitava de uma maior resistência física de ambos os parceiros. Descrição da dinâmica:
  1. Uma pessoa de cada dupla deve passar o tecido em volta do quadril, e a outra pessoa segurar as duas pontas por traz do colega.
  2. A pessoa que estiver atrás do parceiro deve firmar o tecido nas mãos, assim criando uma tensão e dificuldade de andar para aquele que estiver envolto do tecido.
  3. Após um período experimentando aquelas sensações a dupla deve trocar as posições, afim de todos experimentarem e conhecer os dois lados da dinâmica.
Observação: A finalidade do jogo foi dificultar o andar do outro colega, fazendo assim, com que ele concentrasse a força exercida pelo quadril.

  Na sequencia da dinâmica com o tecido, pudemos soltar o peso do corpo apoiado ao quadril. Descrição da dinâmica:
  1. Uma pessoa da dupla deve posicionar o tecido em volta do quadril e pegar as pontas por baixo da virilha (Fazendo um fraldão).
  2. O parceiro que está fora do “fraldão” deve pegar as pontas do tecido e segurar com bastante força.
  3. Com o tecido firme no quadril e o colega segurando com firmeza, a pessoa que estiver envolvida ao tecido já pode concentrar o peso do corpo no “fraldão” que lhe dá segurança.
  4. Em seguida, as trocas de posições são feitas com o parceiro.
Observação: Escutei muitos comentários dos colegas dizendo das sensações de relaxamento que é descansar o quadril sobre o “fraldão”. Mas quando os papeis são invertidos, ocorreu muitas queixas de dores nos braços e nas mãos, devido ao esforço feito para segurar e dar segurança ao colega.

Nossas dinâmicas ainda não acabaram, e juntos suamos mais um pouco. E nessa dinâmica, a dupla deve equilibrar o peso de ambos para manter o controle dos quadris. Descrição da dinâmica:
  1. A dupla deve entrar junto no saco, de forma que a posição do tecido fique na altura da cintura para os dois.
  2. Com o tecido bem colocado, a dupla deve dosar o peso direcionado ao quadril para manter o equilíbrio.
  3. Assim que a dupla estiver bem posicionada, juntos deverão descer e sentar no chão, mas lembrando de manter o equilíbrio.

Observação: Algumas duplas conseguiram concluir o exercício com poucas tentativas. Outras encontraram uma maneira diferente para conseguir sentar no chão junto e sem desequilibrar. Houve também aquelas duplas que se enrolaram e outras que se esborracharam no chão. Ao fim, todos nós relatamos diversas possibilidades.



  E como é de praxe, ao fim dos trabalhos com o quadril, fomos experimentar movimentos com varias músicas ao fundo, deixando a batida comandar os movimentos do corpo, e dessa vez praticamos os exercícios dando uma maior relevância ao quadril.

Dinâmicas extras...


  Com o proposito de explorar os movimentos que trabalham o quadril, a monitora Ana Paula propôs para a turma, conhecer e participar de algumas danças populares brasileiras trabalhadas no “Baidô”. Para aqueles que tiverem interesse de conhecer o Baidô, segue a baixo o link do blog:


Tese de doutorado em Educação pela UNICAMP denominada Baila bonito baiadô: educação, dança e culturas populares em Uberlândia, Minas Gerais, defendida pela Profª Renata Bittencourt Meira.



Postado por, Vitor Rodrigues ^^





3 comentários:

  1. Na improvisação que fizemos nesta aula dançamos o Cacuriá e o Coco que são danças do universo popular.E ao ritmo do tambor dançamos e cantamos.
    Vale observar que dançando estes ritmos populares, trabalhamos o alinhamento corporal, o peso do quadril, o tronco, os braços, a cabeça, as mãos, o olhar e a nossa máscara corporal expressiva.
    Utilizamos no jogo a roda, a fila indiana,a fila frente a frente e o trava línguas na embolada do coco.
    Houve variações no ritmo (lento e rápido) e a pausa.
    Márcia Oliveira
    marciadoprata@yahoo.com.br



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  2. Reparei que o nome "Baiadô" está escrito errado. :)

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  3. É muito interessante esta observação de Isabella Gnoato,
    o significado encontrado para o verbo baiar no dicionário é dançar. E quando conjugado no presente do indicativo fica Eu baio, e se usado na forma do particípio passado teremos baiado e não baiadô.
    Porém a palavra Baiadô refere-se ao nome de um grupo de dançadores que se autodenominam baiadores. Eles são pesquisadores, estudantes e portadores de tradição do projeto de pesquisa e extensão coordenado por Renata Meira no curso de Teatro da Universidade Federal de Uberlândia. O motivo de estar grafado dessa forma tem um significado particular na história de formação do grupo.

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