sábado, 4 de janeiro de 2014

Aula do dia 17 de dezembro - Turma Integral.

          No dia 17 de dezembro de 2013, a aula de Consciência Corporal começou com a discussão da avaliação do final do semestre. Também conversamos sobre a aula do dia 28 (que provavelmente será conjunta – com os alunos do Integral e do Noturno). Antes mesmo de termos, já concluímos que haverá olhares diferentes; que para cada turma terá o seu objetivo e proveito de modo particular.
          Ainda em roda de conversa, retomamos um assunto polêmico: Estalos... faz bem ou mal?

          
          Alguns alunos compartilharam suas pesquisas e ficamos bastante confusos, pois percebemos que cada médico e especialista tem uma visão diferente sobre o assunto. Haviam pesquisas que diziam que engrossavam as juntas, outras diziam que as lubrificavam e outras que era a acomodação do osso.



          Aprofundando o assunto dos estalos e ossos, entramos na moleira.  

          


 As fontanelas, nome oficial das "moleiras", são aberturas no osso do crânio do bebê separadas por linhas também abertas, chamadas suturas. As funções das fontanelas que se encontram no alto da cabeça dos bebês e das suturas são de promover no momento do parto, a facilidade de passagem do bebê pelo canal vaginal e permitir o crescimento adequado do cérebro.





          
         


          Para começar a parte prática, iniciamos com pequenos pulos em cada direção da sala, para aquecer o corpo. Fizemos também o processo de enraizamento, e como disse o aluno Luís Manuel, alguns fazem o exercício assemelhando ao personagem Tibério Vilar – interpretado por Tarcísio Meira – na novela Saramandaia, por não ser algo comum ao nosso dia a dia, dessa maneira facilita. 


          Logo após, trabalhamos o ‘sanfonamento’. Se alongarmos a coluna para frente, devemos ir para trás também. Se alongarmos o pescoço para um lado, devemos alongar para o outro.
          A discussão sobre isso foi longa, porque muitos alunos achavam que quando iam para um lado, ganhavam espaço naquela região do corpo, e se fizessem os dois lados, perderiam. Mas, felizmente estamos no 1º período, e a cada aula aprendemos mais coisas fundamentais para o nosso desenvolvimento. 
                                         
          Depois de conversarmos sobre alongamento e postura, a professora Renata Meira nos deixou com uma 'pulga atrás da orelha' citando algumas coisas que fazemos no inconsciente ou até mesmo com o nosso extinto. Vimos que não existe natureza humana, existe cultura humana.
          Projetamos tudo que acontece em nosso íntimo no nosso corpo. Podemos perceber que algumas pessoas andam com a cabeça para frente; alguns estudiosos da área dizem que essas pessoas querem ganhar, querem estar na frente, chegarem primeiro.
          Mesmo sem falar, nosso corpo é capaz de se comunicar e transparecer para o outro tudo o que se passa em nosso interior, o que achamos, nossos gostos, sentimentos. Assim como escutamos nas outras aulas que 'corpo é voz', corpo é tudo, corpo somos nós, o corpo diz quem somos nós.  
          Através disso, uma dúvida rondou nossa roda de conversa; conseguimos ou não controlar todas as nossas ações? Relembramos então do trabalho das bailarinas Cinthia Kunifas e Mônica Infante. Seus movimentos eram orgânicos, e pouco ortopédicos. E como a própria Cinthia nos disse, ela usava a respiração que era uma ação consciente para controlar o orgânico, o inconsciente. 
          Entrando mais no universo dos movimentos, a aluna Juliana citou algo que vêm nos incomodando há algumas aulas. Ao fazermos certas ações, outras partes do nosso corpo são ativadas e logo entram em movimento paralelamente, como é o caso da aluna ao fazer o deslizamento do pescoço (sua mão acompanha). Outros alunos também se identificam com isso, ao fazerem por exemplo, o exercício de enraizamento. A professora Renata nos disse que nas execuções deste tipo de propostas de trabalho, estabilizamos uma parte para isolar outra. 
          Terminando a aula, fizemos algumas atividades na prancha. Primeiramente, testamos o equilíbrio. Fizemos o oposto do que estamos acostumados no dia a dia, e que vemos bastante nos pontos de ônibus: as pessoas com todo o peso do corpo em apenas uma perna. Ao fazerem isso, elas submetem seus quadris a uma posição errada e prejudicial. 
          Ficamos com apenas uma perna, movimentávamos a outra, mas não deslocávamos o quadril do lugar. Na execução do exercício, sentíamos dor na perna de base, e ao sair da prancha, nosso corpo parecia estar mais pesado. 
       

          Finalizando a aula, uma última atividade nos foi proposta. Deveríamos subir no espaldar com o metatarso apoiado em um de seus apoios, e soltar todo o nosso peso. O objetivo era vermos a posição de nossos joelhos, se estavam ou não alinhados. Depois, testamos a mesma experiência no chão. A professora Renata nos mostrou passo a passo de como organizarmos nossos pés, joelhos e coxas para alinharmos e ficarmos com uma postura correta, assimilando a um pano torcido. 

          A cada aula de Consciência Corporal, descobrimos novas possibilidades com nosso corpo, dúvidas entram e saem de nossas cabeças, a vontade de querer saber mais aumenta, a experiência cresce e o movimento fica mais rico e raro. Que em 2014 nossa busca por tudo isso aumente e que aprendamos a usar e ver nosso corpo como um leque de mil possibilidades, afinal, como está escrito no canto do quadro onde fazemos aula, 'o corpo é uma festa!'. Feliz 2014 à todos, e que possamos entrar nesta celebração de corpo e alma! 


Sara de Oliveira Valadão


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