A aula foi dedicada ao aquecimento das articulações. Conduzida pela professora o grupo deveria fazer com o corpo movimentos em formato do número oito. Dedos da mão direita, pulso direito, cotovelo, tórax, dedos da mão esquerda, pulso esquerdo, cintura, pés, joelhos... O corpo todo em movimento. Não esquecendo da respiração.
Na “Introdução à Anatomia Funcional” da professora Renata Meira há uma explicação interessante sobre o trabalho proposto na aula:
“Graziela Rodrigues ao abordar o movimento da pelve nas danças brasileiras, destaca a figura do oito, ou melhor, o desenho do infinito, como uma matriz de movimento.
Realizado através do cóccix, o movimento em forma de infinito faz parte do equilíbrio dinâmico do corpo, na manutenção da verticalidade e na prontidão do movimento. A pelve através do cóccix desenha na horizontal o infinito. Produzindo a forma arredondada nas laterais e passando pelo eixo, a bacia continuamente assimila o desenho. O espaço interno da bacia expande-se. Na redução e na ampliação do desenho, a bacia continua em sustentação que é proporcionada pela própria dinâmica do movimento. Decorrem também o aumento dos espaços das articulações coxofemurais e o alongamento do soalho pélvico. O movimento do "rabo" ou da ba cia provoca um sentido atualmente no tronco, mesmo que não seja tão evidente a sua expressão quanto ao tamanho do movimento.”
Com o corpo “viajamos” na idéia de transportar o ar pelo espaço. Conduzimos em silêncio, conduzimos emitindo sons, conduzimos com mascaras, conduzimos.
Tivemos durante a aula nossa tradicional roda de conversa. Renata pediu inicialmente que cada aluno falasse uma frase sobre a aula. E as impressões foram as mais diferentes possíveis:
“Centro e periferia” - Marcelo
“Ser outra coisa” - Ibraim
“Sensação de corpo gelado” - Bárbara
“Conexão e cansaço” - Camila
“Após a dor vem a alegria” - Thiago Augusto
“Poética de um corpo re(unido)” - Thiago Amorim
“Corpo em formigamento” Robert
“Cata-vento” - Hellen
“Você não precisa voar, basta ser outra coisa” - João
“Conectando-se” - Juliana
“Movimento do ar dentro do corpo” - Lorena
“Corpo acordado” - Matheus
“Aquecendo o ar” - Rubía
“Liberdade ou prisão do corpo” - Sâmara
“Cada dia encontro mais os meus outros” – Márcia
A professora, por sua vez, falou sobre a aula e sobre o trabalho proposto: “No meu olhar de fora, a aula foi bastante interessante na visão dos movimentos. Houve bastante novidades. Foi um processo que levou à outros registros. Algumas pessoas demonstraram mais dificuldades de sair de seus registros.” A solução proposta por Renata foi a percepção de si.
Renata ressaltou “Essa disciplina é uma disciplina onde a gente está mais preocupado com a evolução de si. Se você passou por movimentos diferentes é esse o parâmetro desta disciplina. A capacidade do movimento do corpo é infinita. Sempre vai ter uma brechinhado corpo para ser conhecida.”
“Não dá pra sair dos movimentos normais e partir para movimentos mais formados. É preciso rabiscar um pouco. Rabiscar corporalmente Não se reprima com juízo de valores e com a vontade de acertar. Temos que experimentar até chegar no movimento que procuramos. O repertorio do ator precisa ter o ridículo, o máximo, o movimentos rabiscado. Esses tantos movimentos é pra que enchamos nossa gaveta de repertório.” – continuou Renata, que em seguida citou uma frase: “Nem tudo que é torto é errado, veja as pernas do Garrincha e as árvores do cerrado.”
Renata sentiu o coração bater na pele e nos propôs fazer o mesmo.
Texto: Robert Oliveira e Thiago Augusto
Bom registro meninos, com a descrição do trabalho exposto, pude fazer a aula em casa com minha filha e foi um máximo, pois depois de aquecer meu corpo lutei para desenhar esse oito foi muito difícil mas acho que consegui. obrigado pelo trabalho. beijim Geovânia Dias.
ResponderExcluira me esqueci queria deixar um site para quem quiser visitar que falava dessa consciencia corporal que usa a dança e que é muito legal, http://www.centraldancadoventre.com.br/artigos/263-dane-consciia-corporal e onde eu aprendi a fazer um oito do meu jeito.ok...beijim Geovânia .
ResponderExcluirNa roda de conversa Renata fez a devolutiva, ou seja, analisou o processo de cada estudante a partir das vivências em sala de aula. Todos puderam questionar e complementar as análises, tanto de seu próprio processo quanto dos processos dos colegas. Foi uma atividade de reflexão bastante enriquecedora, na qual pudemos perceber a diversidade das experiências e alguns parâmetros de análise de processos corporais.
ResponderExcluirRenata Meira
Não consigo acessar as imagens desta postagem :(
ResponderExcluirPessoal, não sei o que aconteceu com as imagens do post que fizemos. Demoramos um pouco para postar, pois eu e o Thiago não conseguia. Então o conteúdo foi enviado para Hellen para que assim ela pudesse postar. Estava normal até hoje na hora do almoço. Não sei se foi um erro da postagem, ou algo das imagens mesmo. Me desculpem.
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