quinta-feira, 10 de setembro de 2015

As Articulações Artísticas

Você sabia que o estado de uma semi-contração, de contração parcial normal no qual os músculos se encontram constantemente é considerado tônus muscular? O tônus é causado por estímulos nervosos, sendo um processo totalmente inconsciente, que mantém os músculos em alerta para entrar em ação.


As diferenças entre tensão e rigidez muscular são bastante simples. A tensão muscular pode ser usada como um bom indicador do estresse físico e emocional. Toda tensão psicológica ou física se traduz por um aumento da tensão muscular, que tem como função preparar o corpo para uma situação de defesa. Quando essas situações ultrapassam o limite do organismo suportar o estresse, existe um processo de não recuperação do organismo, produzindo tensão muscular excessiva que terá ainda outros efeitos sobre o funcionamento do corpo. Essa tensão muscular excessiva é responsável no estado de estresse pelas contrações dolorosas de certos músculos, os quais desenvolvem contraturas, denominadas Pontos-Gatilho ou Pontos Sensíveis (nódulos duros encontrados nos músculos). Já a rigidez muscular é um sintoma que ocorre quando os músculos não podem se mover rapidamente, sem que seja acompanhado de dor ou espasmo. Uma pessoa pode ter rigidez muscular durante um treino: é um sinal de fadiga. Outra razão para este transtorno é manter a mesma posição por muito tempo. Você pode ter essa sensação quando você ficar sentado por longos períodos na mesma posição.


A estrutura do corpo está conformada por músculos, estrutura óssea, ligamentos e tendões. Todos eles são elementos biológicos vivos, irrigados por capilares, e portanto respondem da mesma forma que o músculo ao estímulo do exercício. A diferença é que ao estar menos irrigado que o músculo, é necessário realizar muitas repetições para que se fortaleçam. A importância está em que o músculo se fortalece de uma maneira quase exponencial, e tendões, ligamentos e articulações o fazem mais lentamente. Por isso um uso excessivo de força muscular pode terminar rasgando tendões e até desprendê-los da superfície articular. Pode-se vislumbrar, portanto, a importância de incorporar exercícios de fortalecimento e mobilidade articular para preservar a saúde do sistema muscular em geral.

Há muitas dúvidas sobre o alongamento e o aquecimento relacionados ao exercício físico. Embora isso não seja verdade, há muitas pessoas que imaginam que ambos sejam sinônimos. O aquecimento envolve a preparação corporal, aprontando os músculos, tendões e articulações para prática de exercícios físicos. O aquecimento está diretamente relacionado à diminuição do número de lesões, bem como à melhora do rendimento físico, quando realizado de forma pouco intensa e global. Ele aumenta a temperatura corporal e a frequência cardíaca, além de garantir que as articulações suportem o esforço. Aquecer é uma ação importante para várias funções corporais, principalmente quanto ao metabolismo e à precisão dos movimentos. Os principais objetivos fisiológicos incluem: obter um aumento da temperatura corporal, da temperatura da musculatura e preparação do sistema cardiovascular e pulmonar para a atividade e o desempenho. Devemos elevar a temperatura corporal, pois ao atingir a temperatura ideal, as reações fisiológicas importantes para o desempenho motor ocorrem nas proporções adequadas.
O alongamento é uma série de movimentos para melhorar a elasticidade máxima do corpo, “alongando” os músculos, com o objetivo de prevenir lesões, cãibras e distensões. De forma prática, alongar-se significa afastar a origem do músculo esquelético (local de onde o músculo se fixa, por meio de tendões) de sua inserção (local no qual o músculo se prende em seu final, também por meio de tendões), de forma que este estiramento provoque adaptações positivas para o músculo.


Os aquecimentos também servem para preparar o ator. Tanto em questão de coordenação motora quanto em questão de autoconhecimento. Ter noção do corpo no espaço. O nosso corpo é o nosso instrumento de trabalho. Ele deve estar apto e devemos ter conhecimento sobre o mesmo. O aquecimento nos testa, de certa forma, ele nos faz questionar “Qual é o limite do meu corpo?” A nossa performance muscular deve estar tão em dia quanto a nossa interpretação teatral, pois ela nos proporcionará uma maior facilidade de movimentos para uma cena que exige um grande esforço físico. O condicionamento físico em geral. Assim como a flexibilidade. A flexibilidade é a capacidade de um músculo esticar-se sem sofrer danos. Esta magnitude está determinada pelo intervalo de movimento dos músculos que formam uma articulação. Existem diversos exercícios para melhorar a flexibilidade muscular. Os mais usuais inserem-se no chamado método estático passivo, que consiste em estirar os músculos lentamente e puxar por eles o máximo possível sem sofrer qualquer nem sensações desagradáveis. Este estiramento pode realizar-se com a ajuda de outros membros do corpo, de um assistente ou de um aparelho. Ao realizar estes exercícios com alguma regularidade, a pessoa irá notar melhorias relevantes em termos de flexibilidade. Todos esses pontos são completamente subjetivos. Consciência corporal é a matéria da subjetividade.

A fisiologia do sistema neuromuscular é a chave para entender de que forma o nosso cérebro controla os movimentos dos músculos esqueléticos pelos nervos. A combinação do sistema nervoso e os músculos, trabalhando em conjunto para permitir o movimento, é conhecido como o sistema neuromuscular e que é de suma importância para a execução correta de exercícios, tanto aeróbico e musculação. Para entender o processo como um todo é preciso que olhemos para dentro do corpo humano, mais precisamente para o nosso cérebro. Se você quer mover parte do seu corpo, uma mensagem é enviada para os neurônios particulares, as células nervosas, chamados de neurônios motores superiores. Os neurônios motores superiores têm caudas longas (axônios) que através do cérebro entram na medula espinhal, onde eles se conectam com os neurônios motores inferiores. Na medula espinhal, os neurônios motores inferiores enviam seus axônios pelos nervos dos braços e pernas diretamente para o músculo que eles controlam. Um músculo típico recebe algo em torno de 50 à 200 (ou mais) neurônios motores inferiores. Cada neurônio motor inferior é subdividido em pequena partes e a ponta de cada parte é chamada de terminal pré-sináptico. Esta ligação entre a ponta do nervo e o músculo também é chamado de junção neuromuscular. Os sinais elétricos do cérebro percorrem os nervos e solicita a liberação da acetilcolina química dos terminais pré-sinápticos. Esta química é captada pelos sensores especiais (receptores) no tecido muscular. Se os receptores são estimulados suficientemente pela acetilcolina, os músculos vão se contrair. Nos casos que esse estímulo não é feito corretamente, as chances de doenças neuromusculares são maiores.




Até aqui abordamos assuntos que servem tanto para o teatro quanto para a educação física. Mas em um contexto geral e até mesmo óbvio, as atividades feitas no teatro têm o propósito voltado, a princípio, à apresentações. O trabalho com o corpo é praticamente o mesmo. Praticamente. Mas não chega a ser completo. Na educação física eles buscam um melhor condicionamento físico para um esporte em específico. No teatro buscamos um melhor condicionamento físico para suportarmos a carga e a pressão para uma performance. Seja teatro, seja educação física, ambos trabalham intensamente com o corpo. Buscam o autoconhecimento. E ambos fazem atividades físicas que acarretarão em uma melhor qualidade de vida.

A amplitude articular é o movimento necessário para realizar atividades funcionais, sendo realizado um movimento completo. Ao mover um segmento através da amplitude articular, todas as estruturas são afetadas: músculos, superfícies articulares, cápsulas, ligamentos, fáscias, vasos e nervos. As atividades da amplitude circular são administradas para manter a mobilidade das articulações e dos tecidos moles de modo a minimizar a perda de flexibilidade dos tecidos, a formação de contraturas e a regeneração de tecidos.

Portanto, a linguagem corporal torna-se um elemento mais que obrigatório. A coordenação motora. A noção do próprio espaço no ambiente. O condicionamento físico. Todos interligados em um só ponto. O subjetivo.



BIBLIOGRAFIA

Acesso em 10/09/15

http://portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/10556/tonus-muscular
http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=31490
http://arturmonteiro.com.br/2009/03/identificando-sua-tensao-muscular/
http://fisioterapiaparatodos.com/p/dor-muscular/rigidez-muscular/
http://br.innatia.com/c-exercicios-fisicos-pt/a-o-que-e-a-mobilidade-articular-5573.html
http://educacaofisica.com.br/fitness2/academias1/o-que-e-flexibilidade/
http://posestacio.com.br/noticias/596/a-fisiologia-do-sistema-neuromuscular
http://ebah.com.br/content/ABAAABvrgAB/amplitude-articular


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