Você sabia que o estado de uma semi-contração,
de contração parcial normal no qual os músculos se encontram constantemente é
considerado tônus muscular? O tônus
é causado por estímulos nervosos, sendo um processo totalmente inconsciente,
que mantém os músculos em alerta para entrar em ação.
As diferenças entre tensão e rigidez muscular são bastante
simples. A tensão muscular pode ser
usada como um bom indicador do estresse físico e emocional. Toda tensão
psicológica ou física se traduz por um aumento da tensão muscular, que tem como
função preparar o corpo para uma situação de defesa. Quando essas situações
ultrapassam o limite do organismo suportar o estresse, existe um processo de
não recuperação do organismo, produzindo tensão muscular excessiva que terá
ainda outros efeitos sobre o funcionamento do corpo. Essa tensão muscular
excessiva é responsável no estado de estresse pelas contrações dolorosas de
certos músculos, os quais desenvolvem contraturas, denominadas Pontos-Gatilho
ou Pontos Sensíveis (nódulos duros encontrados nos músculos). Já a rigidez muscular é
um sintoma que ocorre quando os músculos não podem se mover rapidamente, sem que
seja acompanhado de dor ou espasmo. Uma pessoa pode ter rigidez
muscular durante um treino: é um sinal de fadiga. Outra razão para este
transtorno é manter a mesma posição por muito tempo. Você pode ter essa
sensação quando você ficar sentado por longos períodos na mesma posição.
A estrutura do corpo está conformada por músculos, estrutura
óssea, ligamentos e tendões. Todos eles são elementos biológicos vivos,
irrigados por capilares, e portanto respondem da mesma forma que o músculo ao
estímulo do exercício. A diferença é que ao estar menos irrigado que o músculo,
é necessário realizar muitas repetições para que se fortaleçam. A importância
está em que o músculo se fortalece de uma maneira quase exponencial, e tendões,
ligamentos e articulações o fazem mais lentamente. Por isso um uso excessivo de
força muscular pode terminar rasgando tendões e até desprendê-los da superfície
articular. Pode-se vislumbrar, portanto, a importância de incorporar exercícios
de fortalecimento e mobilidade articular
para preservar a saúde do sistema muscular em geral.
Há muitas dúvidas sobre o alongamento e o aquecimento relacionados
ao exercício físico. Embora isso não seja verdade, há muitas pessoas que
imaginam que ambos sejam sinônimos.
O aquecimento envolve a preparação
corporal, aprontando os músculos, tendões e articulações para prática de
exercícios físicos. O aquecimento está diretamente relacionado à diminuição do
número de lesões, bem como à melhora do rendimento físico, quando realizado de
forma pouco intensa e global. Ele aumenta a temperatura corporal e a frequência cardíaca, além de
garantir que as articulações suportem o esforço. Aquecer é uma ação importante para várias funções corporais, principalmente quanto ao metabolismo e à precisão dos movimentos. Os principais objetivos fisiológicos incluem: obter um aumento da temperatura
corporal, da temperatura da musculatura e preparação do sistema
cardiovascular e pulmonar para a atividade e o desempenho. Devemos elevar a temperatura
corporal, pois ao atingir a temperatura ideal, as reações fisiológicas
importantes para o desempenho motor ocorrem nas proporções adequadas.
O alongamento é uma série de movimentos para
melhorar a elasticidade máxima do corpo, “alongando” os músculos, com o
objetivo de prevenir lesões, cãibras e distensões. De forma prática,
alongar-se significa afastar a origem do músculo esquelético (local
de onde o músculo se fixa, por meio de tendões) de sua inserção (local no qual
o músculo se prende em seu final, também por meio de tendões), de forma que
este estiramento provoque adaptações positivas para o músculo.
Os
aquecimentos também servem para preparar o ator. Tanto em
questão de coordenação motora quanto em questão de autoconhecimento. Ter noção
do corpo no espaço. O nosso corpo é o nosso instrumento de trabalho. Ele deve
estar apto e devemos ter conhecimento sobre o mesmo. O aquecimento nos testa,
de certa forma, ele nos faz questionar “Qual é o limite do meu corpo?” A nossa performance muscular deve estar tão em
dia quanto a nossa interpretação teatral, pois ela nos proporcionará uma maior
facilidade de movimentos para uma cena que exige um grande esforço físico. O
condicionamento físico em geral. Assim como a flexibilidade. A flexibilidade é a capacidade de um músculo esticar-se sem
sofrer danos. Esta magnitude está determinada pelo intervalo de movimento dos
músculos que formam uma articulação. Existem diversos exercícios para melhorar
a flexibilidade muscular. Os mais usuais inserem-se no chamado método estático
passivo, que consiste em estirar os músculos lentamente e puxar por eles o
máximo possível sem sofrer qualquer nem sensações desagradáveis. Este
estiramento pode realizar-se com a ajuda de outros membros do corpo, de um
assistente ou de um aparelho. Ao realizar estes exercícios com alguma
regularidade, a pessoa irá notar melhorias relevantes em termos de
flexibilidade. Todos esses pontos são completamente subjetivos.
Consciência corporal é a matéria da subjetividade.
A fisiologia do sistema
neuromuscular é a chave para entender de que forma o nosso cérebro controla
os movimentos dos músculos esqueléticos pelos nervos. A combinação do sistema
nervoso e os músculos, trabalhando em conjunto para permitir o movimento, é
conhecido como o sistema neuromuscular e que é de suma importância para a
execução correta de exercícios, tanto aeróbico e musculação. Para entender o
processo como um todo é preciso que olhemos para dentro do corpo humano, mais
precisamente para o nosso cérebro. Se você quer mover parte do seu corpo, uma
mensagem é enviada para os neurônios particulares, as células nervosas,
chamados de neurônios motores superiores. Os neurônios motores superiores têm
caudas longas (axônios) que através do cérebro entram na medula espinhal, onde
eles se conectam com os neurônios motores inferiores. Na medula espinhal, os
neurônios motores inferiores enviam seus axônios pelos nervos dos braços e
pernas diretamente para o músculo que eles controlam. Um músculo típico recebe
algo em torno de 50 à 200 (ou mais) neurônios motores inferiores. Cada neurônio
motor inferior é subdividido em pequena partes e a ponta de cada parte é
chamada de terminal pré-sináptico. Esta ligação entre a ponta do nervo e o
músculo também é chamado de junção neuromuscular. Os sinais elétricos do
cérebro percorrem os nervos e solicita a liberação da acetilcolina química dos
terminais pré-sinápticos. Esta química é captada pelos sensores especiais
(receptores) no tecido muscular. Se os receptores são estimulados suficientemente
pela acetilcolina, os músculos vão se contrair. Nos casos que esse estímulo não
é feito corretamente, as chances de doenças neuromusculares são maiores.
Até aqui abordamos assuntos que
servem tanto para o teatro quanto para a educação física. Mas em um contexto
geral e até mesmo óbvio, as atividades feitas no teatro têm o propósito voltado,
a princípio, à apresentações. O trabalho com o corpo é praticamente o mesmo.
Praticamente. Mas não chega a ser completo. Na educação física eles buscam um
melhor condicionamento físico para um esporte em específico. No teatro buscamos
um melhor condicionamento físico para suportarmos a carga e a pressão para uma
performance. Seja teatro, seja educação física, ambos trabalham intensamente
com o corpo. Buscam o autoconhecimento. E ambos fazem atividades físicas que
acarretarão em uma melhor qualidade de vida.
A amplitude articular
é o movimento necessário para realizar atividades funcionais, sendo realizado
um movimento completo. Ao mover um segmento através da amplitude articular,
todas as estruturas são afetadas: músculos, superfícies articulares, cápsulas,
ligamentos, fáscias, vasos e nervos. As atividades da amplitude circular são administradas
para manter a mobilidade das articulações e dos tecidos moles de modo a
minimizar a perda de flexibilidade dos tecidos, a formação de contraturas e a
regeneração de tecidos.
Portanto, a linguagem corporal torna-se um elemento
mais que obrigatório. A coordenação motora. A noção do próprio espaço no
ambiente. O condicionamento físico. Todos interligados em um só ponto. O
subjetivo.
BIBLIOGRAFIA
Acesso em 10/09/15
http://portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/10556/tonus-muscular
http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mostrarConteudo.php?idPagina=31490
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http://fisioterapiaparatodos.com/p/dor-muscular/rigidez-muscular/
http://br.innatia.com/c-exercicios-fisicos-pt/a-o-que-e-a-mobilidade-articular-5573.html
http://educacaofisica.com.br/fitness2/academias1/o-que-e-flexibilidade/
http://posestacio.com.br/noticias/596/a-fisiologia-do-sistema-neuromuscular
http://ebah.com.br/content/ABAAABvrgAB/amplitude-articular
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