Cada aula vai aparecendo a evolução de cada um, cada qual em seu aspecto, uns melhoram a flexibilidade, outros fôlegos, resistência. A teoria ficou mais explícita na prática, quando pegamos as bolinhas e o bastão para reconhecer algumas regiões do corpo como: púbis, região pélvica, coccix e isquios, pode - se reparar que ao mudar de posição, uma área do corpo era de mais fácil acesso que a outra, a parte da frente ficava mais exposta do que a parte de trás. Pegamos as mesmas bolinhas e começamos a massagear os nossos pés, um de cada vez, de início começamos com uma massagem bem leve e depois fomos aumentando a velocidade; massageamos também a lateral da coxa, a batata da perna, percebendo a elasticidade da nossa perna, antes e depois da massagem ; logo após fizemos um exercício onde apoiamos a mão no chão com as pernas abertas e levemente dobradas, procurando distribuir bem o peso e assim empurrando o sacro para frente e depois para trás, mais sem movimentar as pernas. Partimos então para o exercício de Yoga onde tivemos que ficar deitados, com as mãos entrelaçadas nas pernas e assim expirando, na medida que fosse expirando o nosso corpo ia descendo bem devagar, começando pelo sacro e depois a coluna, e sem perder o equilíbrio, tivemos que voltar na mesma posição até encostarmos os pés no chão. Foi mostrado em slides as partes que estávamos tocando e a prática ficou mais fácil de ser compreendida pela teoria.
Ao som de uma leve música trabalhamos o enraizamento, a leveza e o desajeito dos pés, e pedido para que fosse executando movimentos sem esquecer de trabalhar também a cintura, depois a leveza de um pé, impulsionasse o outro e também o corpo. Após fazer cada um separadamente, juntou -se tudo, e os movimentos foram abertos para todo o corpo, cabeça, pescoço, e todo movimento corporal foi levado pelas músicas, pela energia do indivíduo ao seu lado, onde se buscava o ponto de apoio e equilíbrio, o raciocínio rápido foi exigido para que o corpo não se engessasse em apenas um movimento, e o imaginário se desenrolou deixando o corpo leve, firme, desajeitado, tudo ao mesmo tempo.
Renata Meira (org.) e estudantes de Artes Cênicas da Universidade de Évora. Espaço de socialização de atividades, referências e reflexões de disciplinas de estudos do corpo em cursos de Artes Cênicas no Ensino Superior. Em 2019 está sendo realizada a disciplina Teatro Físico na Universidade de Évora. Este blog divulga as atividades das disciplinas de corpo do Curso de Teatro do Instituto de Artes da Universidade Federal de Uberlândia desde 2007.
brunabrumariano@gmail.com
ResponderExcluirAos poucos vamos percebendo o quão importante é a utilização dos gestos,de como ele se completa totalmente com a nossa expressão;entendemos que cada um tem seu próprio corpo,e a maneira com o qual cada um se adapta.Os dias passam e começamos a reparar que a nossa postura já não é a mesma,nem as nossas escolhas.
ResponderExcluirDe repente estamos mergulhados em um mar de informações,e começamos a refletir sobre elas.Tocamos e sentimos em uma intensidade tão vital,que é a onde descobrimos a qualidade de percepção.
Percepção é algo a ser entendido, desenvolvido, para ser usada em beneficio das necessidades do nosso corpo. Junto com a percepção vem a evolução do corpo dentro das praticas de consciência corporal, antes eu tinha um pé depois das bolinhas tenho um pé consciente, que está completamente envolvido no meu corpo e não só o pé mais o corpo como um todo, e um corpo que pede para ser trabalhado é algo irreversível não tem como voltar atrás, nesse caminho do conhecimento do corpo.
ResponderExcluirAchei que as atividades com o bastão trouxeram estímulos e reconhecimento da região pélvica, que a gente não explora tanto ou como deveria. E foi muito importante porque, desde então, fico tentando acertar o sacro para melhorar a postura quando estou de bobeira em pé em algum lugar. Esse reconhecimento corporal tem sido muito positivo, pois não consigo mais ficar parada sem reparar no meu corpo, em como ele está posicionado, se alguma coisa está torta ou se machucando.
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ResponderExcluirTodas as aulas foram, para mim, um pedacinho de liberdade. Nessa aula em especial pude sentir o meu corpo mais livre e grande do que nunca, conheci partes do meu corpo de maneira diferente a qual eu estava habituada. As bolinhas fizeram no meu corpo um trabalho maravilhoso de abertura corporal.
ResponderExcluirÀ medida que vamos trabalhando o corpo tomamos consciência do que fazemos, antes eu sentia muita dor, nos ombros e na lombar, agora eu tenho noção do que me faz sentir dor, noção da minha postura errada e meus apoios falhos e trabalho para melhorar o meu corpo.
Um corpo que não só trai, mas rouba, aspirador de ideias que estão por toda a parte. Palavras não descreve a sensações que senti nessa aula, soltei-me 100%, fui livre, não tive medo de explorar o meu corpo, o meu ser, me entreguei, sentir, fui além, voltei, continuei, respirei, pensei, realizei, permitir, voei, transformei, sou, não sou, criei, expandi, descobrir.
ResponderExcluirAlém de trair e roubar, ele monta a coreografia de sua traição. O último exercício realmente recomendo a todos, para si permitir, ouvi o seu corpo e além daquilo que você ainda não foi, seja livre, conheça o seu corpo, o seu ser, a sua vida, te conheça.
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ResponderExcluirPor mais que sinto um grande avanço de meus movimentos, ainda me sinto muito restrito quando se trata de flexibilidade. Essa aula eu pude explorar esse lado meu que é muito rígido, quando o exercício proposto era o enraizamento me senti confortável, me senti firme, depois quando eu dava o impulso com um dos pés e acabava ficando na ponta percebi o quanto sou desequilibrado, quando andei com várias posições dos pés, comecei senti dores desconfortantes. Então optei por trabalhar mais no enraizamento e com o impulso, comecei propor movimentos para mim que me desafiasse com o equilíbrio, com o tempo fui saindo bem, depois tentei fazer uma abertura com as pernas e percebi a falta de flexibilidade, então comecei juntar os dois exercícios o equilíbrio, e o impulso. E no final da aula vi que como meu corpo acostuma rápido com alguns movimentos sugeridos, eu comecei a aula custando parar em um perna só e terminei conseguindo equilibrar na ponta de um dos pés.
ResponderExcluirNessa aula aprendemos um pouco mais sobre a cintura pélvica, concentrados nos ísquios, púbis, sacro e ílio e nas ligações que temos para o resto do esqueleto. Somos privados ao que sentimos e percebemos com clareza. Quando nos é mostrado pequenas regiões ou estruturas que tem, que seja, um pequeno deslocamento já nos faz querer explorar e entender um pouco mais.
ResponderExcluirPude observar que os exercícios, em comparação com a primeira aula até aqui, foram cobrando um pouco mais de concentração e de empenho. O exercício da gangorra, por exemplo, um exercício que cobra além de concentração uma força muito grande do abdômem e que nem todos conseguimos fazer com "perfeição", se é que essa palavra existe ou faz algum sentido pra gente.
A partir da análise feito por meio de toques e percepções conhecemos um pouco toda a estrutura da cintura pélvica que por sua vez tem grande importância em nosso cotidiano. Ao se locomover ativamos várias regiões desse corpo único, complexo e simples simultaneamente. Se permitir conhecer o corpo, que adere ao espaço em que pousa, se faz permitir estados experimentais ricos.
ResponderExcluirA identificação de cada ponto como os ísquios, crista ilíaca, sacro, nos levou a uma nova forma de pensamento ao andar pelo espaço e sentir toda a movimentação sacro ilíaca, um dos responsáveis pela harmonia do movimento ao se locomover. O corpo pede respeito, ao notar por exemplo a calcificação dessa região em resposta ao mau uso dessa área.
Desde de pequenos somos impostos a determinadas constituições de padrões corpóreos, durante esse processo a repadronização desses padrões se mostra presente. Um corpo sensível as suas reinvenções.
Entender e perceber as necessidades do corpo é algo que adquirimos com o tempo. A percepção é algo que construímos através do conhecimento das práticas de consciência corporal. Envolver corpo e a mente é algo de extrema importância para que possamos desenvolver um bom trabalho. Se permitir, as vezes é algo que pode gerar uma certa insegurança, pensamos muito no que o outro vai pensar e esquecemos de nos explorar.
ResponderExcluirEstímulos podem vir de todos os lados, basta se concentrar e deixar seu corpo agir a partir de qualquer som, luz ou até mesmo movimentos dos parceiros em sua volta. Quando concentramos e abrimos a mente para que a imaginação tome conta desse corpo presente; nos tornamos aptos a realizar movimentos, sensações e até mesmo intenções jamais exploradas.
(repostando com algumas correções)
Entender e perceber as necessidades do corpo é algo que adquirimos com o tempo. A percepção é algo que construímos através do conhecimento das práticas de consciência corporal. Envolver corpo e a mente é algo de extrema importância para que possamos desenvolver um bom trabalho. Se permitir, as vezes é algo que pode gerar uma certa insegurança, pensamos muito no que o outro vai pensar e esquecemos de nos explorar.
ResponderExcluirEstímulos podem vir de todos os lados, basta se concentrar e deixar seu corpo agir a partir de qualquer som, luz ou até mesmo movimentos dos parceiros em sua volta. Quando concentramos e abrimos a mente para que a imaginação tome conta desse corpo presente; nos tornamos aptos a realizar movimentos, sensações e até mesmo intenções jamais exploradas.
(repostando com algumas correções)
Bolinhas em novos lugares!
ResponderExcluirEsta aula foi especialmente interessante para mim, pois exploramos os ossos do quadril que é uma parte do corpo que eu deveria ter familiaridade devido à prática de dança do ventre. Novamente me surpreendi e descobri o movimento mais complexo que já tentei executar na vida: Abrir e fechar os ísquios. Entendi o movimento, mas até hoje não consegui executá-lo.
Além do quadril, nesta aula as novas possibilidades vieram também nos pés. Realizamos uma Improvisação de Movimentos que com toda certeza não teria o resultado obtido se tivesse sido feita antes da sensibilização dos pés. Assim terminamos minha última aula de Consciência Corporal. Nunca mais pisarei da mesma forma.
Ana Vitória Nogueira
Iniciamos nossa descoberta do corpo pelos pés. Acostumados estamos a fechá-lo dentro de sapatos abafados e presos por cordões. Colocar o pé no chão e dar espaço entre os ossos e suas pequenas articulações para enraizar. Dar base para o caminhar e... caminhar pelo espaço. Exercício infinitamente repetido por atores. Andar pelo espaço. Neutralizar o seu caminhar. Tirar os tiques, tipos, formas tão impregnadas de ideias que surgem de todos os lados e que nos ditam como ser.
ResponderExcluirDos pés chegamos ao quadril. Estrutura pesada que equilibramos e mantemos especialmente estática. "Homens não devem mexer o quadril" "Essa mulher rebola demais! Deve ser vadia!"... E assim, formatamos-nos a luz de 'pré-conceitos' que ditam a nossa forma de caminhar e até mesmo o movimento de nossos quadris.
Incrível é pensar que o autoconhecimento de nosso corpo nos leva as reflexões sociais, culturais e por fim pensar o meu corpo. Meu corpo que se transforma. Que luta para reconfigurar algo colocado inconscientemente. E que cada vez mais, consciente, busca refutar 'verdades' que ele nunca acreditou.
Sempre pensei que não era criativa, mas descobri que criar é ser eu mesma sem ficar seguindo classificações, imposições, as quais fazem limitar o meu espaço e minha liberdade de ser.
ResponderExcluirVejo a necessidade de uma entrega. Deixar a censura de lado e movimentar-me. Enraizar-me ligando o meu corpo ao chão como se fôssemos um só. Seguir a gravidade. Ser quem eu quiser.
nesta aula,ficou claro como o grupo sentia uma dificuldade no exercício de deslocar o sacro sem mexer as pernas,exigiu uma enorme concentração,que na maioria das vezes é o que falta na maioria das pessoas,me parece que o cérebro está sempre tão no modo automático de fazer as coisas que paramos de nos coordenar e fazemos tudo sem ver,a parte de se concentrar para não mexer as pernas,nos tornou donos de nós mesmos e não escravos de uma maquina que nunca desliga,acredito que é desta forma que aos poucos tomamos a famosa "consciência corporal" e é juntando todas as experiencias e pensamentos que esse processo se torna tão evolutivo em diferentes aspectos para cada um.
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